Descongelamento de carreiras? "Há coisas que não estão a ser ditas"
A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) disse hoje que o Governo manifestou a intenção de reduzir o período de faseamento das progressões nas carreiras da administração pública a menos de quatro anos, mas não deu garantias.
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Economia STE
"O que o Governo diz é que tudo fará para encurtar o prazo de quatro anos. É uma intenção. Não houve garantia de que seja menos de quatro" anos, disse aos jornalistas Helena Rodrigues, à saída de uma reunião no Ministério das Finanças com os secretários de Estado do Emprego Público, Fátima Fonseca, e do Orçamento, João Leão.
"Não conseguimos saber se são três [anos] em vez de quatro ou dois em vez de quatro", afirmou a dirigente sindical, revelando que há nova reunião marcada para a próxima quinta-feira.
Helena Rodrigues disse ainda que ficou sem saber "quem vai ter esse faseamento" e também "o que vai representar no bolso de cada um" dos trabalhadores.
Segundo contou, na reunião o secretário de Estado do Orçamento reafirmou que o encargo anual previsto com o descongelamento é de 200 milhões, valor que não tem em consideração as contribuições e os impostos que os trabalhadores vão pagar.
"Em termos líquidos, o descongelamento representará um encargo de 100 milhões" para 450 mil trabalhadores, segundo as contas do STE, acrescentou Helena Rodrigues.
"Temos o compromisso do Governo que de que irá estudar e apurar as contas para dizer qual é o período de faseamento", sublinhou a sindicalista, para quem "há coisas que não estão a ser ditas".
Os sindicatos da administração pública estão esta tarde a ser novamente ouvidos pela equipa do Ministério das Finanças. Após o STE, será a vez da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e da Frente Comum.
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