Indústria portuguesa de calçado abranda crescimento
A indústria portuguesa de calçado registou "algum abrandamento" no terceiro trimestre de 2017, com produção e encomendas a aumentarem mais lentamente, mas as empresas mantêm perspetivas favoráveis, segundo o boletim de conjuntura hoje divulgado.
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Economia 3.º trimestre
De acordo com a análise trimestral da Associação dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), "à semelhança do conjunto da economia nacional, a indústria de calçado registou algum abrandamento no terceiro trimestre de 2017", sendo que "a produção e as encomendas continuaram a aumentar, mas a ritmo inferior ao registado nos trimestres anteriores".
"Apesar deste abrandamento -- lê-se no documento - as empresas, particularmente as de média e grande dimensão, mantêm uma apreciação do estado dos negócios que é muito favorável face ao histórico do setor".
Segundo a APICCAPS, é neste contexto que as empresas continuam "a reforçar o número de pessoas ao serviço, dando um contributo importante para a redução da taxa de desemprego que se observa a nível nacional".
Entre as empresas inquiridas, 15% disse esperar um aumento de pessoas ao serviço e apenas 7% uma diminuição, sendo as empresas mais pequenas, que no terceiro trimestre "dispensaram mais do que contrataram", as que juntamente com as médias empresas, preveem agora um maior aumento do número de colaboradores.
De acordo com a associação, as condições climatéricas "têm constituído um entrave significativo à atividade das empresas, tendo retardado a venda das coleções de inverno e contribuído para um menor dinamismo das encomendas".
Além do tempo, também o preço, as dificuldades de abastecimento de matérias-primas e a escassez de mão-de-obra qualificada são dificuldades apontadas pelas empresas portuguesas de calçado.
"Estes fatores justificam que as empresas estejam cautelosas quanto à evolução da produção e encomendas no último trimestre do ano. No entanto, continuam a prever que o estado dos negócios permaneça positivo e planeiam continuar a reforçar os seus quadros de pessoal", nota a APICCAPS.
Segundo refere, "as perspetivas macroeconómicas para Portugal e para os principais mercados de exportação parecem justificar este otimismo moderado".
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