Coronavírus: Cinco formas de evitar a infeção em espaços fechados
Desde o começo da pandemia em março de 2020, que os cientistas alertam para o perigo das pessoas permanecerem em espaços fechados mal ventilados - mais propícios ao contágio pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19.
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Conforme explica um artigo publicado pela BBC News, além de higienizar as mãos e manter o distanciamento social, é fundamental considerar o ar que respiramos em ambientes fechados, nomeadamente nas nossas casas, trabalho ou em espaços comerciais.
Como tal, manter as janelas abertas, quando possível, pode ser um passo crucial para evitar o contágio pelo SARS-CoV-2, por exemplo.
Eis, de acordo com a BBC News, cinco recomendações para ter em atenção quando estiver em espaços fechados:
1. Evite frequentar locais abafados
Já entrou numa sala e sentiu o ar 'pesado'? Tal significa que algo não está bem com a ventilação, o que aumenta significativamente o risco de infeção pelo novo coronavírus.
Estudos revelam que em espaços confinados pode ocorrer a "transmissão aérea" do vírus, a partir de minúsculas partículas de vírus que pairam no ar.
Consequentemente, se um sítio lhe parecer abafado, simplesmente saia, aconselha Hywel Davies, diretor técnico do Chartered Institution of Building Services Engineers, associação de engenheiros de serviços de construção sediada no Reino Unido.
2. Tenha em atenção o ar condicionado
Verifique o tipo de aparelho que tem. Os mais comuns 'sugam' o ar externo, arrefecem o ambiente e, de seguida, eliminam o ar interno. Ou seja, fazem recircular o ar.
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Apesar de tal não ser por si mesmo um problema, durante alguns minutos, isso pode transformar-se num fator de risco no decorrer de algumas horas.
Uma pesquisa que teve como objeto de estudo um restaurante na China culpabilizou esse tipo de ar condicionado por disseminar o vírus.
3. Há ar fresco suficiente?
Um edifício moderno, mesmo que tenha as janelas, normalmente tem um sistema de ventilação no qual o ar 'viciado' é removido das divisões e direcionado para uma unidade de tratamento de ar, regra geral no telhado.
Aí, o ar fresco pode ser sugado do lado de fora e misturado com o ar interno antigo, previamente a ser novamente enviado para o prédio.
Tendo em conta o risco infeção por coronavírus, os especialistas advertem para maximizar o provimento de ar fresco.
"Ter 100% de ar externo ou perto de 100% é uma coisa boa", disse à BBC News Catherine Noakes, professora de Engenharia Ambiental de Edifícios na Universidade de Leeds, no Reino Unido.
"Quanto mais ar fresco, menor o risco de recirculação do vírus pelo prédio", acrescentou.
4. O perigo das correntes de ar
Segundo Nick Wirth, que antes projetava carros de corrida de Fórmula 1 e atualmente aconselha supermercados e empresas de processamento de alimentos acerca de como gerir o fluxo de ar de modo a garantir a segurança dos consumidores e trabalhadores, é preocupante se alguém sentado ao pé de uma janela aberta estiver infetado com o SARS-CoV-2, sendo que poderá contagiar outros indivíduos que estejam posicionados a favor do vento.
"Se abrir uma janela, para onde vai o ar?", questionou Wirth.
"Não queremos pessoas na linha direta desse fluxo de ar".
"Mais ar fresco em geral é melhor, mas se estiver a fluir horizontalmente e repleto de vírus, pode ter consequências indesejadas", concluiu.
5. Inspecione os filtros de ventilação
Embora os sistemas de ventilação modernos tenham filtros, a verdade é que estes não são infalíveis.
Investigadores nos Estados Unidos analisaram um hospital no estado de Oregon e apuraram que resquícios de coronavírus foram capturados pelos filtros, porém alguns acabaram por escapar.
De acordo com o professor Kevin van den Wymelenberg, líder do estudo, limpar os filtros pode assim revelar se há alguém infetado está, por exemplo, a trabalhar num edifício.
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