Mulher é submetida a transplante inédito de coração artificial
Desenvolvido especialmente para pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca grave, o dispositivo é colocado nas cavidades torácicas menores, presentes sobretudo nas mulheres.
© UofL Health
Lifestyle Estados Unidos
De acordo com um artigo publicado pela revista Galileu, após 8 longas horas de cirurgia, médicos do UofL Health - Jewish Hospital e da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, concluíram, no último dia 14 de setembro, o primeiro transplante de um modelo de coração artificial denominado 'Aeson' numa mulher de 57 anos.
Apesar do dispositivo revolucionário, lançado recentemente pela empresa francesa Carmat, já tenha sido implantado em pacientes do sexo masculino, contrariamente a outras tecnologias na área, a peça revelou ser compacta o suficiente para caber em cavidades torácicas menores, presentes sobretudo nas mulheres.
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"Para metade da população mundial [as mulheres], a conclusão deste procedimento pela equipa do UofL Health - Jewish Hospital traz uma nova esperança para uma vida prolongada", celebrou Mark Slaughter, diretor cirúrgico de transplante cardíaco da UofL Health, professor e presidente do Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Torácica na Faculdade de Medicina da UofL e um dos líderes da cirurgia histórica, num comunicado emitido à imprensa.
A doente transplantada terá sido diagnosticada neste ano com insuficiência cardíaca biventricular em estágio terminal, explica a revista Galileu, e anos antes já havia sido submetida a uma cirurgia cardíaca.
O modelo 'Aeson' foi especialmente concebido para pessoas afetadas por esse quadro clínico, em que os dois lados do coração não conseguem bombear o sangue. Sendo que esta bioprótese é usada como um substituto temporário do órgão cardíaco nesses pacientes, enquanto esperam por um transplante definitivo de coração — intervenção que pode levar anos a chegar ou por vezes, jamais acontece.
Atualmente, a tecnologia experimental ainda está em fase de pesquisa clínica nos Estados Unidos, com aprovação da agência reguladora Food and Drug Administration (FDA), e já foi implantado noutros dois pacientes norte-americanos também neste ano, ambos do sexo masculino.
Entretanto, na Europa, onde a sua utilização já foi aprovada, aproximadamente 20 homens terão recebido o transplante.
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