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As cinco fases do luto e a melhor forma de superar a dor

Para a psicologia, o luto é uma sequência natural à morte e não se trata necessariamente da capacidade de superar a perda de alguém ou até de esquecer essa pessoa. O luto, diz a ciência, é nada mais do que a adaptação às novas condições de vida.

As cinco fases do luto e a melhor forma de superar a dor
Notícias ao Minuto

11:17 - 01/11/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Vida

O Dia dos Fiéis Defuntos celebra-se todos os anos a 2 de novembro, mas, em muitas regiões portuguesas, a rumaria é feia logo no dia 1, feriado nacional que permite dedicar tempo aos que já não estão presentes. Um dia em que quase todas as pessoas fazem luto.

Segundo Sigmund Freud, considerado o grande nome da psicanálise de todos os tempos, o luto tem como característica o conjunto de reações psicológicas, conscientes ou não, que o indivíduo vive logo após uma situação de perda. A psicologia atual entende que esta sequência é natural e que não se trata necessariamente da capacidade de superar a perda de alguém ou até de esquecer essa pessoa. O luto, diz a ciência, é nada mais do que a adaptação às novas condições de vida.

O luto, normalmente, está relacionado à morte, porém, na ciência ainda é visto como algo que é provocado por uma qualquer interrupção emocional forte que promova a tristeza profunda ou um período de desgosto, seja pela morte de um ente querido, um divórcio ou alguém próximo que foi morar para uma cidade longe.

O processo do luto é dividido em cinco fases e a maioria das pessoas acabam por desenvolver pelo menos duas fases e não necessariamente por uma ordem concreta. Estas são as fases do luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.

Segundo Lívia Vieira, psicóloga do Hapvida Saúde, o período mais preocupante é a depressão, quando a pessoa toma consciência da perda. Em alguns casos, não é recomendável passar pela situação sozinho. “Os familiares e amigos são essenciais para a fase de readaptação para dar suporte emocional, ficar ao lado de quem sofre a perda e perceber a necessidade de iniciar um tratamento psicológico”, comenta a especialista.

Independente da fase do luto, a terapia atua de forma indispensável como ferramenta de reorganização psicológica para dar suporte ao paciente superar o sofrimento. A partir do tratamento, é possível compreender como lidar com seus sentimentos, novos conflitos e que não há certo ou errado na forma como se encara a vida ou se expressa a dor. “Por ser uma experiência individual, o processo do luto não possui uma duração estabelecida. Pode durar um ano, décadas ou nunca encerrar o ciclo. Aprender a lidar com cada fase é necessário para ter forças e se conseguir adaptar à nova vida, para seguir em frente”, explica Lívia.

Entenda as fases do luto:

• Negação: não conseguir aceitar a perda e recusar-se a acreditar no que acabou de acontece;

• Raiva: ainda não houve a aceitação da perda e começam as questões atrás de questões, como, por exemplo, “por que comigo?”;

• Negociação: o facto (isto é, a morte de alguém) ainda não é considerado como consumado. A pessoa procura uma alternativa para voltar à normalidade;

• Depressão: fase crítica e delicada, em que a pessoa começa a entender o que aconteceu e passa a ter a perceção de que nada será como antes. A sensação de perda imediata de sonhos, projetos, mudanças e insistente lembranças associadas à pessoa são comuns nesta fase;

• Aceitação: é o ciclo final do processo de luto. Não há mais amargura, angústia ou negação. A perda recebe um outro olhar perante a vida e encontra, à sua maneira, a tranquilidade e o equilíbrio.

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