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França condena dois etarras a quatro anos prisão

O Tribunal correccional de Paris condenou hoje a quatro anos de prisão dois etarras pelas suas actividades em França, no âmbito da actividade armada da organização basca, e determinou também a sua expulsão.

França condena dois etarras a quatro anos prisão
Notícias ao Minuto

21:32 - 28/10/13 por Lusa

Mundo Pena

O tribunal considerou provadas todas as 13 acusações contra Oihana Mardaras Orueta a as 11 contra Ibai Mateo Esparza.

Os dois acusados, detidos a 30 de junho de 2009, já cumpriram na prisão o período da pena a que foram hoje condenados e em breve serão expulsos definitivamente de França.

Mateo mantém um mandado de detenção europeu, pedido por Espanha em 07 de setembro de 2008, o ano em que se presume ter passado à clandestinidade, devido à alegada participação num atentado em Toulouse.

A Justiça espanhola também procura Mardanas, supostamente membro do comando "Baskatu", que se presume ser responsável por pelo menos quatro atentados bombistas no País Basco e na Cantábria.

Até à sua detenção, presume-se que os dois etarras conviviam no mesmo grupo do etarra Ibai Beobide, várias vezes condenado em Espanha pelo seu envolvimento no comando "Baskatu".

Os dois operacionais hoje condenados foram presos em junho de 2009, em Pommerieux, Mayenne, no oeste de França, após um acidente de automóvel, um Renault Clio roubado no início desse mês.

Na ocasião, a polícia francesa apreendeu armas e documentos informáticos com documentação sobre a ETA e ficheiros com instruções operacionais sobre a produção de explosivos, bem como dados sobre outros membros da organização.

Tanto Mardaras y Mateo voltaram hoje a admitir o seu envolvimento na ETA e a primeira acusou, num discurso em francês, os magistrados que a julgavam, após ter denunciado a tortura a que Beobide alegadamente sofreu em Espanha, depois de ter sido preso em fevereiro de 2010.

Para o delegado do Ministério Público francês, "como é habitual, tenta-se transformar estes julgamentos em tribunas políticas", quando, na verdade, o que importa é estabelecer responsabilidade de membros da "organização terrorista mais perigosa da Europa dos últimos anos".

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