Moldova nega dívida à Gazprom e acusa Moscovo de tentar enganar o país
A Presidente da Moldova, Maia Sandu, negou hoje uma dívida de 800 milhões de dólares (742 milhões de euros) do país ao grupo energético russo Gazprom e acusou Moscovo de tentar enganar as autoridades de Chisinau.
© Getty Images
Mundo Maia Sandu
"Na próxima semana, o nosso Governo vai divulgar resultados de uma empresa internacional que efetuou uma auditoria e não encontrou qualquer dívida de 800 milhões de dólares à Gazprom", afirmou Sandu.
"Eles [os russos] queriam enganar-nos em 2021", disse a líder moldova pró-europeia durante uma visita à região de Gagaúzia, de acordo com o portal Vedomosti.md, citado pela agência espanhola EFE.
A Moldova chegou a um acordo em outubro de 2021 com a Gazprom para prolongar o contrato de fornecimento de gás russo, na condição de ser realizada uma auditoria às dívidas da empresa Moldovagaz em 2022.
A Gazprom avisou que se reservava o direito de cortar o fornecimento de gás à Moldova se a Moldovagaz não cumprisse as condições de pagamento e não resolvesse o problema da dívida.
Em agosto de 2022, a Moldova assinou contratos com a empresa norueguesa Wikborg Rein Advokatfirma e a empresa britânica Forensic Risk Alliance para a realização da auditoria.
A Moldova tem em vigor o estado de emergência, que foi prorrogado várias vezes desde que a Rússia invadiu a vizinha Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Sandu acusou Moscovo de tentar desestabilizar a Moldova, instigando os protestos da oposição contra o Governo pró-europeu, apoiando o sentimento pró-russo na região autónoma de Gagaúzia e jogando a carta da chantagem energética.
Outro problema do país é a Transnístria, um território de apenas meio milhão de habitantes, na maioria eslavos, onde a Rússia tem uma força permanente de 1.500 soldados.
A Transnístria cortou laços com a Moldova após um conflito armado (1992-1993), durante o qual recebeu assistência de Moscovo.
A Moldova, uma pequena antiga república soviética com cerca de 2,5 milhões de habitantes, localizada entre a Ucrânia e a Roménia, receia ser desestabilizada pela invasão russa da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro de 2022.
O país obteve o estatuto de candidato à adesão à União Europeia (UE) em junho de 2022, juntamente com a Ucrânia e a Bósnia Herzegovina.
Leia Também: Moldova. Forças de segurança em alerta máximo após tiroteio no aeroporto
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com