EUA aplicam sanções a oresidente e outras personalidades do Zimbabué
Os Estados Unidos da América anunciaram hoje sanções económicas contra 11 altos responsáveis zimbabueanos, entre os quais o Presidente da República, e três entidades do Zimbabué por alegada corrupção e "graves" violações de Direitos Humanos.
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Mundo Zimbabué
O Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro impôs sanções, nomeadamente, a Emmerson Mnangagwa e à sua mulher, Auxillia, ao vice-presidente, Constantino Chiwenga, e ao general brigadeiro na reserva Walter Tapfumaneyi.
Mnangagwa é acusado de proteger contrabandistas de ouro e diamantes que operam no Zimbabué, de dar instruções a funcionários do Governo para facilitar a venda de ouro e diamantes em mercados ilícitos e de aceitar subornos em troca dos seus serviços, entre outros crimes.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, também assinou hoje uma ordem executiva que põe termo à emergência nacional no Zimbabué e revoga as sanções específicas contra o país, em vigor desde 2003, no âmbito da lei que lhe permite impor punições a indivíduos de nacionalidade estrangeira suspeitos de violarem os Direitos Humanos.
O subsecretário do Tesouro, Wally Adeyemo, disse que as alterações ao regime de sanções do Zimbabué "destinam-se a deixar claro o que sempre foi verdade", ou seja, que as sanções norte-americanas "não se destinam a visar o povo do Zimbabué".
"Hoje estamos a reorientar as nossas sanções para alvos claros e específicos: A rede criminosa de funcionários públicos e empresários do Presidente Mnangagwa, que são os principais responsáveis pela corrupção e pelas violações dos direitos humanos contra o povo do Zimbabué", declarou, citado pela Associated Press (AP).
Em resposta às sanções, o porta-voz do Governo do Zimbabué, Nick Mangwana, escreveu na rede social X que, "enquanto os dirigentes estiverem sujeitos a sanções, (...) todos [estão] sujeitos a sanções. E enquanto os membros da Corporate Zimbabwe estiverem sob sanções, [o país está] sob sanções".
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou, num comunicado, que o anúncio de hoje faz parte de "uma política de sanções mais forte e mais direccionada para o Zimbabué que os Estados Unidos estão a implementar".
No comunicado, a administração Biden reafirmou o seu "compromisso de trabalhar com a população do Zimbabué", afirmando que "continuará a apoiar claramente a sociedade civil, os defensores dos direitos humanos e os meios de comunicação independentes", deixando a porta aberta a "medidas adicionais".
"Continuamos a ter preocupações relativamente a casos graves de corrupção e abusos dos direitos humanos no Zimbabué. Indivíduos chave, incluindo membros do Governo do Zimbabué, são responsáveis por estas ações, incluindo o saque dos cofres do Governo que rouba recursos públicos aos zimbabuanos. Vários casos de raptos, abusos físicos e homicídios ilegais deixaram os cidadãos com medo", lê-se no comunicado.
Ao mesmo tempo, a administração norte-americana promete continuar a apelar ao Governo do Zimbabué para que avance "no sentido de uma governação mais aberta e democrática, incluindo o combate à corrupção e a proteção dos direitos humanos, para que todos os zimbabuanos possam prosperar".
Mnangagwa foi empossado para um segundo mandato como presidente do Zimbabué, país que faz fronteira com Moçambique, em setembro passado.
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