Envio de tropas? "Teremos de responder. Virá uma catástrofe mundial"
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia alertou que "o envio de tropas para a Ucrânia implicará a entrada direta" do Ocidente na guerra.
© YEKATERINA SHTUKINA/SPUTNIK/AFP via Getty Images
Mundo Dmitry Medvedev
O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, alertou, esta segunda-feira, que o envio de tropas para a Ucrânia "implicará a entrada direta" dos países do Ocidente na guerra, à qual Moscovo terá de "responder".
"Está a crescer o coro de canalhas irresponsáveis entre a elite política ocidental que apela ao envio das suas tropas para um país inexistente", afirmou Medvedev numa publicação na plataforma Telegram, após o líder do Partido Democrata na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Hakeem Jeffries, ter admitido que há uma "probabilidade significativa" de soldados norte-americanos serem enviados para combater na Ucrânia.
Além do envio de tropas, referiu Medvedev, países como França, Reino Unido e Polónia "apelam também à utilização ativa das suas armas de mísseis" em toda a Rússia.
"O envio de tropas para a Ucrânia implicará a entrada direta dos seus países na guerra, à qual teremos de responder. E, infelizmente, não no território da Ucrânia. Neste caso, nenhum deles se poderá esconder nem no Capitólio, nem no Palácio do Eliseu, nem no número 10 de Downing Street", acrescentou, garantindo que "virá uma catástrofe mundial".
O russo afirmou ainda que foi "por isso" que o país "iniciou os preparativos para os exercícios, incluindo atividades de testes práticos de preparação e uso de armas nucleares não estratégicas".
Já esta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, havia adiantado que o anúncio de exercícios nucleares russos é uma resposta às declarações de "representantes ocidentais" sobre um possível envio de "tropas da NATO" para a Ucrânia.
Esses dirigentes, segundo Peskov, "falaram sobre o desejo e até a intenção de enviar contingentes armados para a Ucrânia, ou seja, de colocar soldados da NATO diante do exército russo".
O porta-voz do Kremlin considerou que se trata de um "novo ciclo da escalada de tensão", denunciando a "retórica muito perigosa" do presidente francês.
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