AI denuncia violência contra mães em busca de desaparecidos no México
A organização não-governamental (ONG) Amnistia Internacional (AI) denunciou a violência, de ameaças a ataques, contra mulheres que procuram familiares desaparecidos no México.
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Mundo ONG
"É intolerável que à dor do desaparecimento de um familiar se junte a terrível violência que já custou a vida a mais de uma dezena de pessoas que procuram" familiares, afirmou a diretora executiva da AI México, Edith Olivares, num comunicado divulgado na sexta-feira.
A ONG participou na marcha das mães, na qual milhares de mulheres de todo o país que procuram os filhos e outros familiares se concentrarem na capital mexicana, na sexta-feira, para exigir justiça ao Governo do Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que recusou reunir-se com elas.
De acordo com a Comissão Nacional de Buscas (CNB) mexicana, o país conta mais de 116 mil pessoas desaparecidas desde que há registos, mas López Obrador afirmou que estes números foram manipulados para aumentar as críticas ao Governo.
Pelo menos nove mães, que procuravam por conta própria familiares desaparecidos, foram mortas em fevereiro, no ano passado e em 2022, de acordo com a imprensa local e grupos de famílias de desaparecidos.
A diretora da AI México considerou que "o Estado não pode continuar a ignorar os danos sofridos pelas famílias que procuram familiares", destacando que "muitas sofreram problemas de saúde, perderam empregos e, portanto, rendimentos".
"Por esta razão, a AI apela a todas as autoridades para que garantam todos os direitos das famílias das pessoas desaparecidas e (...) cumpram o dever de prevenir e investigar os desaparecimentos", concluiu Olivares.
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