Geórgia declara ilegais protestos da oposição e inicia detenções
A Geórgia declarou ilegais os protestos da oposição contra o congelamento até 2028 das negociações para a entrada do país na União Europeia (UE), que abalam a capital georgiana pelo segundo dia consecutivo, e começou a deter manifestantes.
© Davit Kachkachishvili/Anadolu via Getty Images
Mundo Geórgia
"A ação na Avenida Rustaveli, perto do parlamento, está à margem da lei sobre reuniões e manifestações", informou o Ministério da Administração Interna da Geórgia, citado pela EFE.
Segundo as autoridades, os manifestantes causaram danos e queimaram instalações pertencentes ao Legislativo e dois polícias ficaram feridos em resultado dos tumultos.
Após este anúncio, a polícia começou a dispersar os manifestantes com gás pimenta e canhões de água e a efetuar detenções, embora, até ao momento, não tenha sido divulgado o número de detidos.
Antes, os manifestantes tinham tentado entrar no parlamento, atiraram pedras, garrafas com tinta e outros objetos contra a polícia e força de intervenção e incendiaram contentores do lixo, partiram janelas da sede parlamentar e atearem fogo à cablagem exterior.
Na Avenida Rustaveli, várias dezenas de manifestantes com máscaras de gás tentaram erguer barricadas com bancos e urnas.
Até ao momento, o número de manifestantes reduziu-se de vários milhares para várias centenas.
Entretanto, a Presidente georgiana, Salomé Zurabizhvili, alinhada com a oposição, celebrou o início do "movimento de resistência pacífico e constitucional" e prometeu "apoiar os participantes até que a Geórgia regresse ao caminho europeu".
"Os protestos espalharam-se por todo o país", disse, lembrando que responsáveis de vários ministérios e instituições se opõem à decisão do Governo de congelar as negociações de adesão à UE.
As autoridades georgianas não conseguiram acalmar o espírito dos protestos, apesar das declarações do primeiro-ministro, Irakli Kobajidze, que sublinhou que "a Geórgia mantém o seu apego aos objetivos da eurointegração" e que "serão tomadas todas as medidas necessárias" para que a nação caucasiana adira à UE em 2030.
Na quinta-feira, os protestos pacíficos derivaram em confrontos violentos, nos quais pelo menos 32 polícias ficaram feridos e mais de 40 manifestantes foram detidos.
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