Um homem fez-se explodir na noite desta quarta-feira em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Quem é? O que o motivou? Ainda nem todas as perguntas têm respostas, mas vamos aos pormenores do sucedido. 

Um homem, alegadamente vestido de Joker, estacionou junto ao local, e deslocou-se pelos próprios pés para a praça em frente ao STF.

Nesse momento, dois estrondos foram ouvidos. O corpo do homem surgiu estendido no chão... onde até há pouco ainda permanecia, segundo as autoridades daquele país.

Quem é o suspeito?

O responsável pelo ataque suicida, já confirmaram as autoridades, é Francisco Wanderley Luiz.  O homem, de 59 anos, era chaveiro de profissão e morava no Rio do Sul, até que, após desentendimentos familiares, decidiu mudar-se.

Segundo relatou o seu filho adotivo ao Metropoles, o homem desentendeu-se com a mulher e decidiu que queria viajar. O seu objetivo era ir ao Chile.

O que o levou até Brasília é ainda uma incógnita, pese embora possa haver razões políticas a envolver a situação. Isto porque o homem foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL), partido do antigo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em 2020, em Rio do Sul (SC), e nas redes sociais chegou a criticar alguns políticos, chamando-os de "comunistas de m****".

NÃO FALHA! Francisco Wanderley Luiz, candidato a vereador em Santa Catarina pelo PL (partido do Bolsonaro) é o dono do carro que explodiu na Praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira. pic.twitter.com/yebU3ebHc8

— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) November 14, 2024

Pormenores do ataque suicida

Segundo detalha o G1, Francisco chegou ao local de carro. A viatura em causa, viria a saber-se, possuía diversos explosivos no seu interior, sendo que uma das primeiras explosões terá ocorrido dentro do carro.

CANDIDATO A VEREADOR DO PL EM RIO DO SUL(SC), CHAVEIRO FRANCISCO WANDERLEY LUIZ, O TIU FRANÇA, ANTECIPOU NAS SUAS REDES SOCIAIS UM ATAQUE HOJE AO STF.
Tiu França é o dono do carro que explodiu no Anexo 04 da Câmara dos Deputados. Não se sabe ainda, se o corpo é dele. pic.twitter.com/S7WGy1IlF4

— Donizete Arruda (@donizetearruda7) November 14, 2024

Antes da sua morte, Francisco terá tentado entrar no edifício do Tribunal. Foi avistado por um segurança, a quem mostrou que tinha artefatos presos ao corpo. No peito apresentava uma espécie de relógio digital, que o vigilante rapidamente associou a um explosivo.

O suspeito trazia uma mochila, de onde tirou uma t-shirt, que atirou para uma estátua em frente ao edifício, e depois deitou-se no chão, com a cabeça sobre um artefato que acabaria por detonar. 

Segundo a especialista Daniela Lima explicou na antena da Globo pode concluir-se que se tratou de um ato coordenado e planeado pelo suspeito.

Francisco usou redes sociais para anunciar crime?

O Governo do Distrito Federal afirmou que as explosões - com um intervalo de 20 segundos entre cada uma - registadas no coração de Brasília estão a ser tratadas como um ataque suicida.

Segundo a CNN Brasil, o homem terá anunciado nas redes sociais que faria um atentado ou algo nessa linha.

Outras informações, estabelecem ainda uma ligação entre o suspeito e os golpistas de 9 de janeiro - uma série de ataques que ocorreram neste dia, em Brasília, com o objetivo de instigar um golpe militar contra o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, para restabelecer Jair Bolsonaro como presidente do Brasil.

Para já o caso continua a ser investigado e a polícia permanece no local para tentar perceber se ainda existem explosivos no local. 

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