Líder palestiniano pede fim da violência após trégua no Líbano
O presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas, saudou hoje o acordo de cessar-fogo no Líbano e disse esperar que contribua para parar a violência e a instabilidade no conjunto da região.
© Reuters
Mundo Médio Oriente
Ocupada desde 1967 por Israel, a Cisjordânia, onde a ANP exerce poderes limitados, tem vivido um surto de violência desde o início da guerra entre Israel e o grupo extremista palestiniano Hamas em Gaza, em outubro de 2023, que se rapidamente se propagou ao Líbano.
A trégua de 60 dias entre Israel e grupo xiita libanês Hezbollah entrou em vigor às 04:00 de hoje locais (02:00 em Lisboa).
"Esperamos que este passo contribua para pôr fim à violência e à instabilidade que a região sofre em consequência das políticas israelitas que estão a conduzir a região a uma explosão generalizada", afirmou a ANP, citada pela agência palestiniana Wafa.
A autoridade presidida por Abbas, do partido Fatah, defendeu a "necessidade de acelerar a implementação" da resolução 2735 do Conselho de Segurança da ONU sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza, aprovada em junho.
A resolução refere-se também "à entrada de ajuda humanitária, à retirada completa de Israel da Faixa de Gaza, evitando a deslocação do nosso povo da Faixa, e permitindo ao Estado da Palestina assumir plenamente aí as suas responsabilidades", afirmou a ANP.
O Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2007, depois de um conflito que levou à saída da Fatah do território, após a vitória do grupo extremista nas eleições de 2006.
"O Presidente Mahmoud Abbas manifestou o total apoio do Estado da Palestina à estabilidade e segurança do irmão Líbano e à garantia da reconstrução do que foi destruído pela guerra, desejando ao povo libanês progresso e estabilidade", acrescentou a ANP.
O acordo de cessar-fogo foi alcançado após mais de um ano de combates entre o Hezbollah pró-iranino e Israel, que causou milhares de mortos.
O Hezbollah começou a bombardear Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o Hamas, que atacou solo israelita em 07 outubro de 2023 e enfrenta, desde então, uma ofensiva militar israelita em Gaza.
Em setembro, Israel intensificou o bombardeamento do Líbano, a que se seguiu uma invasão do sul do país vizinho.
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