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Hospital de Viseu alvo de inquérito por enviar idoso em táxi e sem morada

Taxista teve de pedir ajuda à GNR para encontrar casa de utente e a família ainda teve de pagar 100 euros pela viagem.

Hospital de Viseu alvo de inquérito por enviar idoso em táxi e sem morada
Notícias ao Minuto

27/11/24 12:35 ‧ Há 2 Horas por Notícias ao Minuto

País Saúde

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito ao Hospital São Teotónio, em Viseu, pela prática do crime de exposição e abandono, depois de ter recebido uma denúncia a dar conta que um utente idoso tinha sido colocado num táxi, após ter alta, sem a morada correta e sem qualquer contacto da família, acabando por pagar 100 euros pela viagem.

 

A notícia, confirmada pelo Notícias ao Minuto junto da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi primeiramente avançada pelo Público.

De acordo com este jornal, foi a família do homem, de 86 anos, quem apresentou queixa.

Segundo o que é descrito pela família na queixa, o homem não tem autonomia física (desloca-se em cadeira de rodas) e apresenta já um quadro de confusão mental.

O incidente terá acontecido na noite do dia 6 de novembro, depois de o idoso ter estado em observação, desde o dia anterior, com uma "situação clínica delicada".

Segundo a filha do idoso, uma enfermeira terá ligado a dar conta que o pai tinha tido alta e que tinha de sair do hospital. A mulher ligou para os bombeiros então a solicitar uma ambulância, mas estes só podiam fazer a viagem na manhã do dia seguinte.

A mulher ligou então para o hospital a dar conta da situação, ao que a enfermeira respondeu com agressividade, questionando se ela estaria a abandonar o pai e a dizer que o ia meter num táxi.

Perante esta atitude, a filha do idoso alega que pediu que "não colocasse o seu pai num táxi desconhecido e que aguardasse alguns minutos, uma vez que iria contactar um taxista da sua confiança".

No entanto, segundo a queixa, não foi isso que aconteceu. "A enfermeira, sem qualquer critério, negando o pedido da filha do doente, coloca-o dentro de um táxi e transmite à filha que o seu pai iria a caminho de casa", cita o Público.

Sem meias e sem morada. Utente chegou a casa com ajuda da GNR

Os familiares do idoso também mostram indignação pelo facto de o hospital não ter dado a morada correta ao taxista nem ter vestido "adequadamente" o utente, uma vez que este "encontrava-se sem meias, em pleno mês de novembro, em Viseu, onde as temperaturas mínimas rondam os 6ºC".

Após fazer uma viagem de cerca de 50 quilómetros, entre o hospital e a zona onde o idoso alegadamente morava, o taxista andou às voltas por não ter a morada certa. 

O utente acabaria por chegar a casa só pela meia-noite, depois do taxista pedir ajuda à GNR.

O Notícias ao Minuto já contactou o hospital de Viseu por diversas vias mas, até ao momento, não obteve qualquer resposta sobre o caso.

Leia Também: "Nunca me esquecerei". Filha agradece a bombeiros por socorro ao pai

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