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É extemporâneo manter sanções a militares da Guiné-Bissau

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que é extemporâneo manter as sanções contra os militares guineenses envolvidos no golpe de Estado de 2012, sublinhando que aqueles têm dado um bom exemplo.

É extemporâneo manter sanções a militares da Guiné-Bissau
Notícias ao Minuto

16:28 - 15/06/17 por Lusa

Mundo Sissoco Embaló

"Penso que as sanções são extemporâneas. Os militares compreenderam a mensagem da comunidade internacional, que não há espaço para golpes de Estado. A minha opinião é de que as sanções deviam acabar, porque os militares deram um bom exemplo", disse Umaro Sissoco Embaló, que falava aos jornalistas no final de um encontro com o presidente do Comité de Sanções da ONU, Elbio Roselli.

Nas declarações aos jornalistas, Umaro Sissoco Embaló explicou também que a vista do Comité de Sanções da ONU é "normal".

"Quando as pessoas estão sob sanções, de vez em quando, é preciso visitá-las e contactá-las. É como um médico que visita um doente para ver se está melhor ou não, para receber alta", exemplificou.

O primeiro-ministro guineense destacou também que as Forças Armadas do país "estão a demonstrar maturidade", apesar de existirem "políticos que os quisessem instrumentalizar outra vez".

"Se tivessem dado ouvido aos políticos, tinham caído numa asneira outra vez", salientou.

O presidente do Comité de Sanções das Nações Unidas, Elbio Roselli, chegou na terça-feira à Guiné-Bissau para analisar o impacto das sanções impostas a vários militares guineenses, em 2012, e a evolução da situação política no país.

Em maio de 2012, na sequência do golpe de Estado, o Conselho de Segurança da ONU aplicou sanções aos responsáveis envolvidos na alteração da ordem Constitucional, nomeadamente o general António Indjai, general Mamadu Turé, general Estevão Na Mena, general Ibraima Camará e o tenente-coronel Daba Naualma.

Elbio Roselli termina hoje a visita ao país com um encontro com o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.

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