Espinho vai apoiar famílias locais com 750 euros por bebé
O município de Espinho lançou hoje um programa de "cheques-bebé" destinado a apoiar as famílias locais com 500 euros pelo nascimento de cada filho e mais 250 euros no segundo ano de vida da criança.
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País Incentivo
Com efeitos retroativos a 01 de janeiro de 2019, a medida aplica-se também aos agregados familiares que, residindo no concelho há pelo menos 12 meses, tenham adotado crianças com 1 ou 2 anos de idade.
A expectativa da autarquia é que o novo cheque-bebé venha a beneficiar mais do que 220 crianças até final do ano, já que essa é a média de nascimentos que se tem vindo a registar no concelho ao longo dos últimos anos.
O presidente da Câmara Municipal espera assim que o programa possa funcionar como "um incentivo" à decisão de ter filhos e como "um contributo" para melhorar as condições socioeconómicas das famílias com orçamentos mais restritivos.
"Portugal está infelizmente a viver um problema demográfico muito sério e tem vindo a perder população. Todos tendem a pensar que isto é, sobretudo, um problema dos territórios de baixa densidade, no interior, mas não é verdade, porque afeta também as grandes cidades e Espinho teve igualmente um decréscimo na taxa de natalidade", reconheceu Joaquim Pinto Moreira.
O autarca defende que as instituições sociais de apoio à infância e os próprios empregadores também se têm que envolver no esforço nacional com vista à mudança desse cenário, mas espera que o cheque-bebé possa já facilitar a gestão das primeiras necessidades dos novos munícipes do concelho e, para usufruto desse apoio, nota que "basta apresentar na Câmara o requerimento" para o efeito.
A vereadora da Ação Social, Lurdes Ganicho, reconhece que o apoio de 750 euros "não vai suprir todas as necessidades" dos recém-nascidos, mas também o considera um estímulo à natalidade numa cidade "com condições atuais - e muito melhores no futuro - para as crianças viverem e crescerem de forma alegre e feliz".
As cerca de 20 grávidas e mães que hoje acompanharam o lançamento desse programa de incentivo à natalidade receberam da autarquia alguns produtos destinados a facilitar a experiência da maternidade.
Envolvendo donativos de entidades locais, o 'kit' incluía artigos como guias de gravidez, horários de aulas de preparação para o parto, cremes hidratantes, papas lácteas, toalhetes húmidos e fraldas para recém-nascidos.
Sónia Santos foi uma das mães que recebeu esse 'kit' e confirmou à Lusa que vai agora requerer o novo cheque-bebé, nomeadamente a título retroativo, já que o pequeno Guilherme ainda não completou três meses.
A jovem mãe de Silvalde ainda não fez as contas ao que gastou para preparar a chegada do menino, mas afirma que 750 euros "é sempre uma boa ajuda" para aliviar essa despesa.
"Gasta-se muito logo no início, porque, além de não podermos sair do hospital sem o ovo [para transporte do bebé], que custa pelo menos uns 100 euros, ainda precisamos das primeiras roupinhas, há produtos de higiene específicos que temos mesmo que comprar e gasta-se muito dinheiro em fraldas no primeiro mês", justificou.
Para essas compras, o cheque relativo ao primeiro ano de vida do Guilherme já não chega a tempo, mas Sónia Santos continua a ter destino para os 500 euros: "Vão ser para comprar a caminha dele, que ainda só tem berço, e para arranjar um guarda-fatos, que na cómoda também já não cabe tudo".
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