Sindicato considera "medida acertada" uso de câmara nos uniformes dos PSP
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considerou hoje "uma medida acertada" os polícias poderem usar câmara nos uniformes ('bodycams'), relembrando que é um equipamento há muito tempo necessário para tornar o trabalho da polícia mais transparente.
© Global Imagens
País ASPP/PSP
"Parece uma medida acertada e estamos sempre do lado daquilo que possa permitir uma transparência das nossas intervenções mas também na segurança dos polícias", disse à Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos.
Na quarta-feira, o ministro da Administração Interna anunciou, no parlamento, que vai estar prevista na proposta da nova lei de videovigilância a possibilidade de os polícias usarem 'bodycams', pequenas câmaras de vídeo incorporadas nos uniformes dos agentes da PSP.
Paulo Santos precisou que a ASPP "já há muito tempo" que falou sobre a necessidade de colocar esse instrumento à disposição dos polícias para "dissuadir aqueles que em ocorrências policiais não têm problema em partir para a agressão a um agente da autoridade".
O presidente da ASPP considerou também que este equipamento "é importante para demonstrar a alguma opinião pública a complexidade e o perigo das ocorrências policiais", além de ter um "efeito dissuasor naqueles que pretendem ter um comportamento mais hostil com as intervenções policiais e dos polícias".
As 'bodycams' têm sido um dos instrumentos reivindicados pela polícia e alvo de debate, nomeadamente na sequência de alguns casos mediáticos em que imagens de operações policiais são divulgadas através de telemóveis.
O presidente da ASPP falava à agência Lusa após uma reunião com elementos dos gabinetes agentes, chefes e oficiais, onde foi discutida a especificidade de cada carreira.
"Da reunião saiu um conjunto de questões especificas de cada carreira", disse Paulo Santos, adiantando que a ASPP vai agora fazer uma compilação dos problemas e preocupações de cada carreira para ser enviada à tutela, direção nacional da PSP e grupos parlamentares.
O sindicalista sublinhou que há questões que são transversais a todos os policias, como a atribuição do subsídio de risco ou a necessidade de melhoria no serviço de assistência de saúde, mas há questões específicas de cada carreira.
Segundo a ASPP, algumas das especificidades destas carreiras são, no caso dos agentes, a preocupação da política de transferências em vigor e de alojamento e enquanto os chefes contestam o facto de estarem 30 anos nesse posto e não existir progressão.
Por sua vez, os oficiais contestam a constante alteração de funções ou o desrespeito pela função com a nomeação para operações.
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