Grupo de trabalho. Lesados do Banif chamados ao Ministério das Finanças
A Associação dos Lesados do Banif (ALBOA) anunciou hoje que foi convocada para uma reunião na sexta-feira, no Ministério das Finanças, em Lisboa, com vista à constituição de um grupo de trabalho para resolução dos problemas.
© Lusa
País Banif
Em comunicado, a ALBOA indica que a reunião tem como objetivo "a constituição de um grupo de trabalho para a resolução" da situação dos lesados do Banif, "que se arrasta há já seis anos".
De acordo com a associação, estarão também presentes representantes do gabinete do primeiro-ministro, António Costa, do ministro das Finanças, João Leão, do Banco de Portugal (BdP) e da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM).
"A ALBOA encara com expectativa esta primeira reunião, que acontece, como já referido, precisamente seis anos depois da data em que os atuais lesados do Banif foram espoliados, na sequência da resolução daquele banco", sublinha a associação.
A história "já vai longa" e é marcada "por canseiras, entusiasmos, esperanças, desilusões" e "promessas não cumpridas", afirma a ALBOA.
A associação acrescenta que, apesar da marcação de eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro, "o atual Governo está em funções e com competência para a criação da referida comissão, cujos trabalhos deverão levar à prevista constituição de um Fundo de Recuperação de Crédito junto da CMVM".
Em junho, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que estava a ser ponderada a criação de um grupo de trabalho para os lesados do BES e do Banif.
O Banif foi adquirido pelo Santander Totta por 150 milhões de euros, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu.
Neste processo, cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados e acionistas perderam 263 milhões de euros, havendo ainda a considerar 4.000 obrigacionistas Rentipar ('holding' através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.
A ALBOA representa apenas os ex-clientes não qualificados, que foram lesados num valor estimado em cerca de 180 milhões de euros.
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