Belém? "Gostaria que não me fizessem a mesma pergunta 300 vezes"
Depois de terminar a missão como CEMA, "logo se vê o que acontece". "Mas não estou preocupado com isso, estou concentrado na minha missão", advogou Gouveia e Melo em entrevista ao Observador.
© Miguel Figueiredo Lopes / Presidência da República
País Gouveia e Melo
Henrique Gouveia e Melo respondeu, em entrevista ao Observador, (novamente) à questão de, no futuro, poder ser candidato à Presidência da República. Também como tem acontecido até aqui, o Almirante não disse um 'sim' taxativo, mas também não 'fechou a porta'. "Continuem a falar, se quiserem. Eu não tenho nada a ver com isso", disse o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA).
O militar, que se tornou conhecido do grande público como coordenador da task-force para a vacinação contra a Covid-19, foi um dos nomes falados por Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, para liderar o Serviço Nacional de Saúde - na figura criada pelo novo Estatuto.
Ao Observador, Gouveia e Melo afirmou que "os desafios" que o "entusiasmam" são os que está "a enfrentar, ser comandante da Marinha e desenvolver a Marinha num sentido mais holístico e catalisador e ajudar o país a olhar para o mar de outra forma". "Isso é o que me entusiasma verdadeiramente e foi por isso que lutei a vida toda", acrescentou.
Mas e quanto a ambições políticas? Uma candidatura à Presidência da República? "Não tenho ambição nenhuma além do que disse, que é ser militar e desenvolver a minha atividade militar. Muita gente fala sobre muita coisa. O que é que lhe posso dizer? Continuem a falar, se quiserem. Eu não tenho nada a ver com isso", vincou à publicação, acrescentando que é militar e está "fazer uma missão militar".
"Estou muito satisfeito com o que estou a fazer, sinto-me plenamente realizado e essas preocupações soam-me até estranhas vindas de determinados setores"
Quando esta missão enquanto CEMA terminar, o Almirante garantiu que "há muita coisa que se pode fazer". "Não vejo a minha vida limitada. Neste momento, estou a fazer uma coisa que adoro fazer, que sempre quis fazer, que é ser marinheiro e no posto mais importante".
"Depois, logo se vê o que acontece. Mas não estou preocupado com isso, estou concentrado na minha missão. E gostaria que me deixassem concentrar na minha missão e não me fizessem a mesma pergunta 300 vezes", asseverou na mesma entrevista.
"Futuro a Deus pertence"
Já em dezembro do ano passado, Gouveia e Melo, o submarinista que emergiu de desconhecido a "herói" da vacinação, foi eleito personalidade nacional de 2021 pelos jornalistas da Lusa e também pelo Diário de Notícias. Fechado o capítulo da vacinação contra a Covid-19, o vice-almirante admitiu que o "futuro a Deus pertence", quando questionado sobre se pensa numa candidatura a Presidente da República.
"Qualquer ser que apareça como o salvador da pátria é mau para a Democracia porque a Democracia salva-se em conjunto com todos os atores do sistema democrático, não é a personagem que salva a Democracia. Não quero ser essa pessoa. Quero ser o militar que cumpriu o seu papel quando foi chamado. Estou muito honrado por me terem dado esta missão, mas não quero ser político", afirmou em agosto e repetiu noutras ocasiões sempre que a questão lhe foi colocada.
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