Dia Mundial do Combate ao Bullying. Os números da PSP em contexto escolar
Assinala-se no dia 20 de outubro, o Dia Mundial do Combate ao Bullying
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País Bullying
A Polícia de Segurança Pública (PSP), por ocasião desta data, iniciou no dia 10 de outubro, na sua área de responsabilidade em Portugal continental e na totalidade das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, a operação 'Bullying é para fracos'.
O Dia Mundial do Combate ao Bullying constitui-se como um alerta internacional "para o problema do bullying com o qual muitos jovens convivem diariamente e que é suscetível de interferir, de forma negativa e com grande impacto também a longo prazo, no seu crescimento, físico, emocional e psicológico", pode ler-se no comunicado.
Esta operação decorre até dia 21 de outubro e abrange os estabelecimentos de ensino do 1.º ao 3.º ciclos e ensino secundário, abarcando crianças e jovens dos 6 aos 17/18 anos de idade, informa o comunicado da PSP.
No âmbito do Programa Escola Segura, desde o ano letivo de 2013/2014 até 2021/2022, a PSP informa que realizou cerca de 27.000 ações de sensibilização grupais subordinadas à temática bullying e ciberbullying, abrangendo mais de 580.000 alunos.
2.847 crimes reportados no âmbito do Programa Escola Segura no ano letivo 2021/2022
A Polícia de Segurança Pública registou um total de 2.183 vítimas das quais 1.192 do género masculino e 1.000 do género feminino.
A faixa etária com maior preponderância de vítimas é a dos 12 aos 15 anos com 946 vítimas representando 43,3% do total. Destas vítimas, 582 são do género masculino (61,5%) e 364 do género feminino (38,5%).
Já no que toca aos agressores, foram identificados 2.525 dos quais 1.848 do género masculino e 679 do género feminino. A faixa etária com maior preponderância de suspeitos/agressores é a dos 12 aos 15 anos com 1.144 suspeitos/agressores, representando 45,3% do total. Destes suspeitos/agressores, 869 são do género masculino (76%) e 275 do género feminino (24%).
"Estes dados revelam o aumento do número total de ocorrências, pós período de atividades não presenciais causado pela COVID-19. Ainda assim, houve um decréscimo no número de ocorrências registadas em contexto escolar relativamente ao ano letivo de 2018/2019, último antes da pandemia", pode ler-se ainda na missiva.
Os conselhos da PSP para a população em geral, consoante o seu papel de intervenção numa dada situação de bullying:
Indícios a detetar em vítimas de bullying:
- Físicos: Cortes, hematomas, dores de cabeça/barriga (ansiedade);
- Comportamentais: Isolamento, desinteresse pelos amigos/escola;
- Alteração repentina de hábitos, mudança de trajetos, bens desaparecidos ou danificados, agressividade (com familiares ou animais), depressão.
Se fores vítima de bullying:
- Não penses que é um problema só teu, não o tens que o resolver sozinho;
- Não respondas à violência com mais violência, só vai piorar;
- Denuncia logo a situação a pessoa de confiança (amigo, família, Escola ou Polícia), confia na Escola Segura.
Perante a criança agressora:
- Escute o agressor sem juízos prévios e perceba as razões e a avaliação que ele faz dos seus próprios comportamentos;
- Perceba que a criança agressora precisa de ajuda. Esta é a melhor forma de proteger a vítima;
- Procure uma intervenção especializada para a gestão deste comportamento, preferencialmente em coordenação com o gabinete de psicologia do agrupamento escolar.
Perante a criança vítima:
- Escutar a criança sem desvalorizar o assunto;
- Manter a calma sem provocar revolta, receio ou culpa na criança;
- Falar com a escola/professor(es) e PSP/Escola Segura para saber se têm conhecimento e adotarem estratégias conjuntas;
- Reforçar a autoestima e autoconfiança da criança.
O que não devo fazer?
- Evite reagir com agressividade;
- Pedir explicações aos agressores/bullies;
- Culpabilizar os restantes alunos ou o pessoal docente.
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