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Ex-padre suspeito de pedofilia em fuga. MP pede ajuda internacional

Antigo sacerdote está em parte incerta desde que foi acusado de abuso sexual de um adolescente, na ilha da Madeira.

Ex-padre suspeito de pedofilia em fuga. MP pede ajuda internacional
Notícias ao Minuto

13:42 - 09/01/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Pedofilia

O Ministério Público (MP) da Madeira revela, esta segunda-feira, que acionou o mecanismo de "cooperação judiciária internacional em matéria penal, com vista de notificar" um ex-padre do Funchal, acusado de quatro crimes de abuso sexual de crianças e de um crime de atos sexuais com adolescente.

A reação do MP surge depois de vários meios de comunicação terem noticiado que nada estava a ser feito para localizar Anastácio Alves, de 59, colocado numa paróquia nos arredores de Paris, em 2018, da qual desapareceu.

Na nota publicada hoje no site da Comarca da Madeira, o MP garante que foram realizadas diligências para localizar o antigo sacerdote madeirense, em França e Portugal, "com vista a constituí-lo e interrogá-lo como arguido", mas as buscas foram "infrutíferas".

A autoridade refere ainda que o inquérito teve início em julho de 2018, através do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Comarca da Madeira, para investigar a "notícia da prática de crimes contra a liberdade e a autodeterminação sexuais de menor" alegadamente praticados por Anastácio Alves e por um outro indivíduo que, entretanto, morreu.

A investigação esteve a cargo da Polícia Judiciária, que a concluiu em julho de 2019.

"Em março de 2022, o Ministério Público encerrou o inquérito, arquivando-o em relação ao outro indivíduo que entretanto falecera, e acusando o referido ex-sacerdote da prática, em concurso efetivo real, de quatro crimes de abuso sexual de crianças [...] e de um crime de atos sexuais com adolescente", adianta o comunicado.

No decurso do processo, "foram tomadas declarações para memória futura da vítima, bem como foi realizada perícia de psicologia forense, com vista a aferir da credibilidade do seu relato", a qual foi concluída pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses em agosto de 2020, tendo sido dado o contraditório legal aos sujeitos processuais sobre o relatório pericial.

Recorde-se que, em setembro de 2018, quando o padre Anastácio Alves exercia funções em França, a Diocese do Funchal comunicou o seu afastamento da ação pastoral por suspeita de abuso sexual de um menor na região autónoma. O ex-sacerdote permanece em parte incerta desde então.

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