Projetos para o futuro? "Contribuir no que puder para o meu povo"
O Chefe da Armada falou do tempo em que a assumiu a liderança da 'task force' durante a pandemia. Além disso, garante que as sondagens - que o consideram para próximo Chefe de Estado - "não lhe sobem à cabeça".
© Paulo Spranger /Global Imagens
País Gouveia e Melo
O chefe do Estado-Maior da Armada e da Autoridade Marítima Nacional deu, este sábado, uma entrevista à SIC Notícias, durante a qual falou sobre a carreira militar, o seu papel de liderança na 'task force' durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19 e sobre um eventual cargo na política.
Questionado sobre uma eventual candidatura à Presidência da República, Henrique Gouveia e Melo considerou que essa era uma "pergunta legítima", mas não foi assertivo na resposta, referindo que esta é uma questão "deslocada para um militar que está no ativo".
"O que posso dizer é que, e repito, estou 100% focado na minha atividade militar, com muito gosto, que é tentar contribuir para que a Marinha faça o seu papel na sociedade portuguesa", garantiu.
Confrontando com uma sondagem recente feito pelo semanário Expresso, e na qual as intenções de voto o colocam à frente do primeiro-ministro, António Costa, ou de outros nomes de 'peso', como Pedro Passos Coelho, Luís Marques Mendes ou Augusto Santos Silva, o ex-vice-almirante confessa que "não se preocupa" com estas previsões e que estes resultados "não lhe sobem à cabeça".
Em relação a projetos futuros, Gouveia e Melo frisou que tem com objetivo os portugueses. "Contribuir no que puder para o meu povo, para a minha população. Claro que a Marinha para mim nunca acabará e farei tudo o que puder para continuar a ajudar esta Marinha e este país. Olhar para o mar e aproveitar esse último ativo estratégico que é o grande oceano que está à nossa frente", rematou.
De 'regresso' à Covid-19
Recordando em que esteve mais próximo do setor da Saúde e dos seus responsáveis, Gouveia e Melo não se esqueceu dos funcionários desta aérea. "Não me canso de elogiar os enfermeiros, os médicos, todos os auxiliares que deram tudo o que tinham naquele período", insistiu.
Confrontando com a possibilidade de poder ter tido corrido mal quando assumiu esta responsabilidade, o Chefe da Armada foi peremptório. “Se não tivesse conseguido cumprir com a missão, naturalmente não estaria aqui. Não sei se isso é um presente envenenado ou um aporta aberta. No entanto, também é uma porta aberta, porque, de facto, foi uma missão que me permitiu mostrar as minhas capacidades ou não. E foi uma missão de tal forma relevante. que Julgo que também ajudou a certas decisões que acabaram comigo nesta posição”, esclareceu.
O apoio de Costa
Durante a entrevista, Gouveia e Melo adiantou ainda que o chefe do Executivo, António Costa, demonstrou apoio total no processo em que o responsável teve de passar 'da Marinha para o espaço político' - uma transição que o obrigou a "ter de se inserir", confessa.
"O poder político atribuiu-me uma tarefa e, ao atribuir essa tarefa, deu um grau de liberdade correspondente ao poder que me atribuiu para resolver o problema", declarou.
Em relação à então ministra da Saúde, Marta Temido, Gouveia e Melo refere que também lhe prestou todo o apoio de que precisou, mas que tinha, no entanto "outras preocupações, mais do foro político".
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