Novo grafitti feito junto ao Padrão dos Descobrimentos já foi removido
A zona do Padrão dos Descobrimentos foi alvo de uma pichagem, detetada na quinta-feira, que já foi removida, disse a empresa municipal EGEAC.
© Jorge Mantilla/NurPhoto via Getty Images
País EGEAC
Em resposta escrita à Lusa, a EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural) confirma que houve "pichagem nas áreas junto ao Padrão dos Descobrimentos", mas ressalva que nada foi detetado no próprio Padrão.
Os grafittis "eram de dimensão reduzida e não provocaram danos, tendo sido possível remover", adianta.
A EGEAC não sabe quem foram os autores das pichagens, remetendo essa informação para as autoridades competentes.
"Estamos a acompanhar todo o processo e, obviamente, a desenvolver procedimentos que procurem evitar novas situações, numa articulação com as autoridades policiais", frisa a empresa municipal.
Segundo noticiou na quinta-feira o jornal Público, as inscrições terão sido feitas na terça-feira. Esta não é a primeira vez que o Padrão dos Descobrimentos é alvo de pichagens.
Desta vez, foram escritas acusações numa das bases das esferas armilares: "A nação que matou África" e "Wakanda forever", este último numa referência a um país africano imaginário criado pelo universo Marvel.
Em agosto de 2021, foi inscrito um 'graffiti' numa das laterais do monumento, com cerca de 20 metros. Na mensagem, em inglês, lia-se: "Blindly sailing for monney [sic], humanity is drowning in a scarllet [sic] sea lia [sic]", o que, numa tradução livre e ignorando os erros de escrita, seria algo como "Navegando cegamente por dinheiro, a humanidade afunda-se num oceano escarlate".
Na altura, uma estudante francesa vangloriou-se da proeza nas redes sociais, o que levou a Polícia Judiciária a identificá-la, logo a seguir ao ato.
Situado à beira Tejo, o Padrão dos Descobrimentos - cuja classificação como monumento nacional ou imóvel de interesse público está em análise - foi desenhado pelo arquiteto Cottinelli Telmo e pelo escultor Leopoldo de Almeida, para ser mostrado na Exposição do Mundo Português, que se realizou em 1940.
Em 1960, por ocasião da comemoração dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, o Padrão dos Descobrimentos foi reconstruído em betão e cantaria de pedra rosal de Leiria, e as esculturas em cantaria de calcário de Sintra.
O arquiteto Fernando Ramalho remodelou o interior, dotando o Padrão de um miradouro, auditório e salas de exposições e, em 1985, o monumento é inaugurado como Centro Cultural das Descobertas.
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