De férias? Eis as recomendações do SNS para prevenir afogamentos
Segundo o SNS, "a maior parte dos acidentes acontece devido à má avaliação dos riscos".
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País Afogamento
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) recordou, esta segunda-feira, uma série de recomendações para prevenir afogamentos. Recorde-se que, só nos primeiros seis meses do ano, morreram 60 pessoas afogadas, segundo a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS).
Segundo o SNS, "a maior parte dos acidentes acontece devido à má avaliação dos riscos", entre os quais o "estado do mar (em termos de corrente, vento e rebentação), a profundidade dos locais de mergulho, a sobrevalorização das capacidades do nadador, a realização de desportos sem a devida proteção, o consumo excessivo de álcool ou drogas ilícitas e a existência de doenças debilitantes".
Fique a par das recomendações:
- Frequentar praias vigiadas e respeitar os sinais das bandeiras e as instruções dos nadadores-salvadores;
- Cumprir as regras de segurança na praia e nas piscinas, sejam públicas ou privadas, e seguir as indicações dos nadadores-salvadores;
- Em piscinas privadas, colocar uma vedação à volta e um trinco de fecho automático, de forma a impedir o acesso das crianças à água. Fazer o mesmo para o acesso aos poços e reservatórios de água;
- Em espaços desconhecidos, inspecionar o local e tapar poços, tanques e depósitos de armazenamento de água com redes pesadas e nunca mergulhar, nem deixar as crianças mergulhar;
- Vigiar as crianças:
- Sempre que se encontrem perto da água, estar atento às brincadeiras, colocar braçadeiras ou coletes àquelas que não sabem nadar;
- Nunca confiar a segurança duma criança pequena a outra criança mais velha;
- Não deixar as crianças irem atrás duma bola perdida;
- Nunca deixar uma criança que ainda não é autónoma sozinha durante o banho, em casa, na praia ou na piscina;
- Ensinar as crianças a nadar tão cedo quanto possível (as aulas de natação ajudam as crianças a saber nadar, boiar e a identificar situações perigosas);
- Na prática de desportos aquáticos e de atividades de recreio, usar sempre o colete de salvação e outros dispositivos de segurança;
- Não entrar de repente na água, após longos períodos de exposição ao sol;
- Evitar também refeições pesadas e bebidas alcoólicas e esperar três horas após a refeição, antes de entrar na água;
- Verificar a profundidade da água, antes de mergulhar e se existem rochas ou obstáculos que possam causar traumatismo em caso de mergulho;
- Evitar nadar sozinho, não se afastando demasiado e nunca nadar contra a corrente;
- Dar a conhecer às pessoas próximas, sempre que for dar um passeio ou fazer uma caminhada dos possíveis perigos em rios e lagoas;
- Se tiver uma cãibra, fora de pé, respirar fundo, colocar-se de costas e boiar até poder nadar para a margem
Segundo o relatório do Observatório dos Afogamentos, citado pela FEPONS, 51 das pessoas que morreram afogadas nos primeiros seis meses do ano eram homens e mais de metade (55,3%) tinha mais de 40 anos.
De acordo com o documento, 16 casos aconteceram em abril, 12 em junho e 10 em janeiro e não houve qualquer caso em zonas vigiadas.
A FEPONS destaca também que 36 (60%) afogamentos ocorreram à tarde, 25 no mar, 21 no rio, quatro em piscinas domésticas, três em barragens, outros três em portos de abrigo/marinas e dois em poços.
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