Lisboa Sem Fios contabiliza remoção de 20 quilómetros de cabos mortos
O programa municipal Lisboa Sem Fios, empenhado na remoção de cabos mortos em fachadas e postes, contabiliza, desde janeiro, "200 edifícios intervencionados e 20 quilómetros (km) de cabo removidos", através de ações-piloto, revelou esta segunda-feira a vereadora do Urbanismo.
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País Lisboa
"Estas ações-piloto, estes tais 20 km, servem acima de tudo para perceber no terreno quais são os problemas na prática, atuando e tentando encontrar soluções. [...] Há aqui um trabalho muito invisível de conversações com as operadoras para ver se também começam a colocar este trabalho nos seus planos de investimentos e levar esta retirada de cabos com outra dinâmica", declarou a vereadora Joana Almeida (independente eleita pela coligação "Novos Tempos" PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança).
A autarca falava no âmbito de uma audição conjunta com a 1.ª e a 3.ª comissões permanentes de Finanças e Urbanismo, respetivamente, da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), sobre a proposta de orçamento da cidade para 2025, no valor de 1.359 milhões de euros.
No âmbito do programa Lisboa Sem Fios, em que se preveem mais seis ações-piloto até ao final do mandato, que termina no próximo ano, Joana Almeida disse que o licenciamento urbanístico, em particular para obras de reabilitação urbana, assegura a retirada dos cabos das fachadas.
A câmara municipal apostou também na revisão do regulamento de infraestruturas em espaço público, para garantir que, "em toda a obra de espaço público, os cabos ativos são enterrados no subsolo e assim retirados das fachadas", existindo uma articulação entre o programa Lisboa Sem Fios e o Há Vida no Meu Bairro.
"Temos feito algumas intervenções que são ações-piloto em várias ruas de Lisboa. Neste momento, tivemos um total de 200 edifícios intervencionados e 20 km de cabo removidos. Temos até ao final do mandato mais seis ações identificadas", afirmou a vereadora do Urbanismo.
Em resposta aos deputados municipais, a autarca explicou que a ligação desta infraestrutura de subsolo ao edifício e a construção da coluna vertical no interior do edifício compete aos condomínios.
"O papel da câmara, nesta fase, tem-se sufocado em pôr as várias operadoras a fazerem este trabalho conjunto, porque no fundo é um trabalho de equipa. Todos os operadores têm de estar a trabalhar ao mesmo tempo no terreno, para tratarem dos seus cabos respetivos e, por isso, estamos nesta fase de construir a infraestrutura no subsolo, com estes projetos de espaço público", indicou.
Sobre a concretização do programa Lisboa Sem Fios, Joana Almeida sublinhou que "durante décadas, nem um metro, por isso 20 km já é melhor que nada", reforçando que é a primeira vez que as operadoras estão a trabalhar em conjunto e "é um trabalho complexo".
Destacando a necessidade de criar a estrutura em subsolo com os operadores, a responsável pelo pelouro do Urbanismo reiterou que o programa vai desenvolver-se por fases, começando por assegurar que todos os projetos de espaço público estão a enterrar infraestrutura.
Sempre que há intervenções do programa Lisboa Sem Fios, há um plano de comunicação com os residentes e "todos os residentes sabem o que é que estamos a fazer e explicamos o que é que do lado deles podem fazer", acrescentou.
Iniciado em janeiro deste ano, o programa Lisboa Sem Fios é uma estratégia municipal para a remoção de cabos mortos em fachadas e postes, bem como para a migração de cabos ativos de rede para infraestruturas em subsolo, em articulação com os operadores de energia e de telecomunicações.
Entre as zonas da cidade com ações-piloto concluídas estão a Avenida da Igreja, a Avenida Fontes Pereira de Melo, o Largo de São Sebastião da Pedreira, a Parada do Alto de São João, o Largo do Conde-Barão e o Bairro Azul.
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