Mangualde quer responder com mais "proximidade" aos imigrantes
A Câmara Municipal de Mangualde está empenhada em responder com mais proximidade, humanismo e celeridade às necessidades dos imigrantes de mais de 20 nacionalidades que escolheram o concelho para viver, garantiu esta terça-feira o seu presidente, Marco Almeida.
© Luis Boza/NurPhoto via Getty Images
País Imigração
Em declarações à agência Lusa, Marco Almeida disse não saber ao certo o número de imigrantes que tem atualmente o concelho, mas estimou que sejam mais de mil, muitos dos quais atraídos pelo seu dinamismo empresarial.
"Os 400 alunos novos que temos nas nossas escolas, de 22 nacionalidades, têm uma família por trás. Se os multiplicarmos por três são 1.200 pessoas", frisou.
Por outro lado, já foram atendidas no Centro Local de Atendimento a Imigrantes (CLAIM), que abriu em junho de 2022, cerca de 1.200 pessoas, acrescentou.
A este serviço juntou-se agora um balcão de atendimento da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que está a funcionar há menos de uma semana e que dá resposta às necessidades de imigrantes no que respeita à legalização e permitirá saber quem são eles e o que fazem.
"Estamos a dotar o concelho para que seja mais competitivo e dê resposta àquelas que são as necessidades da sua comunidade. E a comunidade de Mangualde hoje tem várias nacionalidades, por isso, é importante que estejamos preparados para este tipo de respostas", realçou o autarca socialista.
Mais de 200 famílias que escolheram o concelho de Mangualde, no distrito de Viseu, são brasileiras.
Segundo Marco Almeida, entre os imigrantes, há aqueles "que efetivamente procuram trabalhos de chão de fábrica e procuram Mangualde por esta marca de uma forte resposta industrial", mas também aqueles "que hoje têm investimentos próprios, por exemplo, no setor do alojamento local".
"Nós hoje temos mais 80 empresas do que tínhamos em 2021", contou.
As aldeias do concelho têm recebido a maioria destes imigrantes, porque "são aquelas que até esta altura tinham uma maior capacidade de resposta do ponto de vista da habitação", mas a autarquia está também já a conseguir dar resposta na área urbana, acrescentou.
Para apoiar a integração destes imigrantes, existem gabinetes específicos, explicou: "um que trabalha na procura do emprego, um nas respostas da educação, outro nas respostas sociais, outro que faz o acompanhamento da forma como eles se estão a integrar junto da nossa comunidade, muito em articulação com as juntas de freguesia e com as instituições locais".
"É um trabalho em rede, um trabalho conjunto, mas o município tem tido o cuidado de criar gabinetes específicos que dão este apoio. Há um conjunto de trabalhos que são feitos e se complementam uns aos outros, mas muito haverá ainda a fazer tendo em conta as várias nacionalidades que temos", admitiu Marco Almeida.
Segundo o autarca, atendendo às diferentes nacionalidades, "os desejos de uns e de outros são muito diferentes".
Nas escolas, acrescentou, está a ser preparado um projeto de integração que permitirá perceber "quais são as problemáticas, as tendências de cada comunidade" de imigrantes que está em Mangualde, para depois ser possível "criar respostas à altura daqueles que são os seus desejos".
"Mas a verdade é que está a resultar o trabalho que estamos a fazer, tendo em conta quer o número de empresas que foram criadas, quer também o número de pessoas que hoje vivem em Mangualde, que é superior àquela que se vivia antes da pandemia", frisou.
Atualmente, o concelho tem mais 300 pessoas do que em 2021.
"Ano após ano temos crescido e, portanto, é importante que o município continue a fazer este trabalho de proximidade, de resposta à comunidade", acrescentou.
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