Agricultor nega acusação de tráfico de pessoas
O agricultor de Alfândega da Fé que começou hoje a ser julgado por alegado envolvimento em tráfico de pessoas negou a acusação no início da audiência, que decorre à porta fechada no Tribunal de Bragança.
© Global Imagens
País Alfândega da Fé
O agricultor, com 44 anos, é acusado de cinco crimes de tráfico de pessoas contra quatro homens e uma mulher que alegadamente terá recrutado e mantido sob trabalho escravo na localidade de Santa Justa, concelho de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança.
O arguido, que é também acusado do crime de detenção de arma proibida quis prestar declarações sobre os factos de que está acusado e começou por negar as acusações de que é alvo.
O crime de tráfico de pessoas é punido com pena de prisão entre três a dez anos.
Além de alegadamente manter os trabalhadores sob coação e sem lhes pagar, a acusação atribui ao arguido a prática de crimes sexuais contra a mulher que faz parte do grupo de vítimas.
A ofendida desistiu da queixa por violação, mas o tribunal ainda se vai pronunciar sobre esta renúncia.
De acordo com a acusação, o arguido obrigou a vítima a manter relações sexuais com ele e com outros trabalhadores que estavam alegadamente alojados numa garagem da habitação do agricultor sem condições.
O agricultor é ainda acusado de não pagar aos trabalhadores e de lhes ficar com dinheiro que ganhavam em trabalhos extra realizado para vizinhos.
De acordo com a acusação, o arguido chegou mesmo a apoderar-se da pensão de invalidez que uma das vítimas recebia.
Alguns dos trabalhadores encetaram fugas por várias vezes, mas o homem acabava por as encontrar e obrigava-as a regressar, segundo ainda a acusação.
O arguido é ainda acusado de infligir aos trabalhadores castigos corporais e de os agredir e manter fechados - quando não estavam a trabalhar - sob vigilância.
O homem foi detido em junho de 2014 pela Polícia Judiciária (PJ) e encontra-se, desde então, em prisão preventiva.
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