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Porto recebe financiamento para desenvolver sistemas inteligentes

O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), do Porto, recebeu um financiamento de 3,2 milhões de euros para desenvolver sistemas inteligentes nas áreas dos transportes, infraestruturas, indústrias criativas e de manufatura e multimédia.

Porto recebe financiamento para desenvolver sistemas inteligentes
Notícias ao Minuto

13:41 - 29/07/16 por Lusa

País Milhões

No TEC4Growth, um dos projetos financiados pelo programa Norte 2020, pretende-se criar ferramentas complexas para resolver problemas de interação entre diferentes sistemas, alguns com autonomia de decisão, e colocá-los em fusão com a intervenção humana, disse à Lusa o coordenador do projeto, Vladimiro Miranda.

O programa está dividido em três linhas de investigação, interligadas entre si, relacionadas "com o que se entende por Internet das Coisas" ('Internet of Things'), que significa, "de forma simplificada", "endereçar objetos do mundo real e integrá-los para poderem ser tratados pelos sistemas de informação", explicou.

No Smiles, a primeira linha, os investigadores estão a desenvolver conceitos teóricos e fundamentais, orientados para lidar com grandes volumes de dados ('big data'). Os modelos vão ser testados nas áreas dos transportes e das infraestruturas, visando uma "com maior eficiência, segurança e privacidade".

Este bloco investigativo envolve aproveitamento do fluxo massivo de dados gerados por trocas de informações automáticas entre veículos equipados com computador de bordo, sensores instalados nas infraestruturas rodoviárias - para detetar movimentos ou evitar colisões -, mudança dinâmica dos semáforos, reconhecimento de matrículas e portagens automáticas, por exemplo.

Os resultados do Smiles alimentam as outras duas linhas de investigação, sendo uma delas o FourEyes, que aplica esses conceitos à área das indústrias criativas e multimédia.

"A extração de conhecimento do fluxo de dados, de forma automática, é um exemplo do que pode fazer nesta linha, que inclui também questões relacionadas com as comunicações e a realidade virtual, física e aumentada" e que vai ter impacto na criação de conteúdos e no modelo de negócio das empresas deste setor.

O iMAN é o terceiro foco desta investigação, seguindo a "mesma filosofia de aproveitamento de grande volume de dados", aplicados, neste caso, à indústria de manufatura na otimização de processos e robótica industrial, com "reflexo na criação de emprego qualificado e produção de maior valor acrescentado" .

Neste ponto, volta a colocar-se a questão dos transportes devido à movimentação de mercadorias, bens, camiões, cujo planeamento dinâmico implica também um grande tráfego de dados, em tempo real.

Esses dados são tratados e integrados nas redes colaborativas das cadeias de fornecimento, ou seja, em empresas interessadas no mesmo produto, que interagem entre si.

O TEC4Growth, que tem a duração de três anos e finaliza em junho de 2018, tem um investimento total de 3,8 milhões de euros, valor suportado em 15% pelo INESC TEC (quase 600 mil euros), o que Vladimiro Miranda considera ser um "autofinanciamento violento".

"Se fossemos uma empresa com fins lucrativos e tivéssemos acesso a resultados financeiros, devido à comercialização dos produtos que fabricamos, podia-se entender essa lógica, mas, não sendo o caso, para uma instituição de ciência como a nossa, é difícil conseguir aguentar este esforço como se fosse uma instituição lucrativa", concluiu o administrador.

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