"Para já, nada mais do que o habitual está previsto", afirmou a presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), Joana Gomes Cardoso, responsável pela organização das Festas de Lisboa, indicando que existe "uma colaboração excecional com os vários departamentos de bombeiros e da polícia".

Lembrando o recente atentado de segunda-feira na Arena de Manchester, no norte da Inglaterra, que provocou 22 mortos, Joana Gomes Cardoso disse que é preciso "pensar não apenas em termos securitários, mas acima de tudo em termos de solidariedade".

"Fazer estes grandes eventos de espaço público em aberto quase que se torna já um ato de resistência", declarou a presidente da EGEAC, referindo que o recente atentado tem que ser interpretado como "uma motivação maior para continuar a fazer mais ainda".

Joana Gomes Cardoso defendeu que se deve "evitar uma situação de constrangimento securitário que faça as pessoas sentir medo", considerando que "isso seria, provavelmente, o pior cenário e, precisamente, aquilo que quem faz estas coisas pretende".

"Não vamos estar a inventar nada que não façamos já, sempre fizemos, sempre tivemos os cuidados normais, estamos em articulação com diversos departamentos [bombeiros e polícia] e se houver uma ameaça de um risco superior, naturalmente, irão entrar em contacto e aí sim se poderá tomar outras medidas, não é o caso até agora", reforçou a responsável da EGEAC.

De acordo com Joana Gomes Cardoso, "é mais importante do que nunca ter esses gestos, ter essas afirmações" de resistência.

"A verdade é que quando há pessoas dispostas a cometer aquele tipo de ações [atentados suicidas] não há grande segurança que consiga evitar esses atos", frisou.

As Festas de Lisboa'17 vão decorrer de 01 de junho a 01 de julho.

Na segunda-feira, pelo menos 22 pessoas morreram, além do atacante, e 59 ficaram feridas num atentado na Arena de Manchester, no norte da Inglaterra, no final de um concerto da cantora Ariana Grande, segundo o balanço mais recente da polícia.

O ataque foi perpetrado por um homem sozinho, disse a primeira-ministra Theresa May, que adiantou que as autoridades já estabeleceram a identidade do atacante, ainda não divulgada.

As autoridades detiveram um homem de 23 anos alegadamente relacionado com o atentado, reivindicado entretanto pelo grupo extremista Estado Islâmico.