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Pedrógão Grande: "Há situações em que capacidade humana não pode debelar"

O presidente da Liga dos Bombeiros afirmou hoje em Pedrógão Grande, concelho afetado por um grande incêndio, que é preciso acreditar nas forças que estão no terreno e na competência de quem as coordena.

Pedrógão Grande: "Há situações em que capacidade humana não pode debelar"
Notícias ao Minuto

03:49 - 18/06/17 por Lusa

País Liga dos Bombeiros

"Penso que nada falhou", disse o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, sublinhando que foi possível encontrar no posto de comando em Pedrógão Grande uma "grande capacidade de organização e de estratégia".

O responsável realçou que será necessário "analisar a origem da propagação tão rápida das chamas", mas está convencido de que as forças no terreno "utilizaram todos os recursos possíveis à sua disposição para combater este incêndio, que é algo de anormal".

Apesar da sua confiança nas capacidades das forças que combatem os incêndios no norte do distrito de Leiria, o presidente da Liga dos Bombeiros sublinhou que, "perante uma situação destas, não há grande capacidade de poder responder".

"Acredito, sinceramente, de que tudo o que foi feito pelos operacionais no terreno era aquilo que era possível fazer no momento, mas há situações em que a capacidade humana não pode debelar", frisou.

O primeiro-ministro afirmou hoje que o incêndio no distrito de Leiria, que matou pelo menos 24 pessoas, terá sido causado por trovoadas secas e que as vítimas estavam todas numa única estrada ou nas suas imediações.

Em declarações aos jornalistas, depois de ter estado reunido cerca de duas horas no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Oeiras (distrito de Lisboa), António Costa, considerou, no entanto, que "é prematuro tirar ilações" sobre o que aconteceu.

Questionado sobre o que terá causado tantas vítimas mortais, respondeu: "Neste momento é obviamente prematuro tirar ilações sobre o que terá acontecido naquele local. Algo de muito especial aconteceu, seguramente, pela dimensão das vítimas que teve. Neste momento, a Polícia Judiciária (PJ) está já no local, a quem compete a investigação, com o apoio da Guarda Nacional Republicana (GNR).

António Costa referiu que "todas as vítimas mortais estavam concentradas numa via de circulação ou nas suas imediações".

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