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Discoteca que ardeu nos incêndios procura nova casa para animar noite

O Espíritos Club, em Oliveira do Hospital, uma referência da animação noturna na região Centro, perdeu 400 mil euros no incêndio de outubro de 2017, assim como a casa onde estava há 15 anos, após desentendimento com senhorio.

Discoteca que ardeu nos incêndios procura nova casa para animar noite
Notícias ao Minuto

09:00 - 13/04/18 por Lusa

País Oliveira do Hospital

O Espíritos Club habitava uma casa centenária às portas de Oliveira do Hospital e tinha-se afirmado como um dos principais espaços de animação noturna para os jovens da região, atraindo pessoas de Seia, Arganil, Tábua ou Carregal do Sal, contou à agência Lusa o responsável pelo espaço há 12 anos, Ricardo Fidalgo.

Seis meses depois, a gerência contabiliza 400 mil euros em material destruído pelas chamas e, agora, chegou a certeza de que não poderão continuar a atividade no edifício que tinha sido a sua casa durante mais de dez anos.

"O senhorio mostrou-se relutante. Não nos deu margem nenhuma para continuar e até nos dificultou a vida", sublinhou Ricardo Fidalgo, referindo que nunca tinham tido "nenhum problema com o senhorio".

Por enquanto, Ricardo Fidalgo ainda não apresentou qualquer projeto porque, "sem espaço físico", não pode apresentar candidatura.

"Sem candidatura, não recebemos dinheiro", sublinhou, afirmando que o seguro apenas cobre 40% dos prejuízos registados no interior da discoteca.

Por enquanto, a gerência do Espíritos Club tem feito "algumas festas em espaços improvisados, mas tudo eventos muito pequenos e pontuais".

Apesar das dificuldades, assegura que o Espíritos Club "vai continuar" e será aberto "nesta ou noutra cidade, com ou sem apoio do Estado".

"Ainda não sabemos como, nem onde, nem quando", explicou.

Por agora, notou, a população jovem da região "ficou sem uma grande opção para se divertir.

"Éramos uma referência, que estava aqui no interior. Se os jovens já vão ao centro comercial a Coimbra e Viseu, agora também vão ter de ir para lá à procura de noite. Perdemos todos. Perde o pequeno bar, perdem os restaurantes, perde toda a gente", lamenta.

Segundo Ricardo Fidalgo, um espaço de diversão noturna é mais do que as pessoas que emprega, é uma forma também de tornar a região atraente "para a comunidade jovem".

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