Queixa-crime contra Chega é destaque na imprensa internacional
O jornal The Guardian publicou um artigo, com o título "Líder português da extrema-direita criticado por comentários sobre tiros policiais", sobre a petição contra membros do Chega.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Política CHEGA
A petição para a apresentação de uma queixa-crime contra três membros do Chega, entre eles o presidente André Ventura, o deputado Pedro Pinto e o assessor de imprensa Ricardo Reis, por declarações sobre a morte de Odair Moniz, arrecadou mais de 120 mil assinaturas e foi, esta segunda-feira, entregue à Procuradoria-Geral da República.
A queixa-crime é destaque em Portugal e corre, agora, também pela imprensa internacional - concretamente, o jornal The Guardian, que escreveu sobre o tema, no início da semana.
Com o título "Líder português da extrema-direita criticado por comentários sobre tiros policiais", o jornal refere que a petição contra os membros do Chega foi assinada por antigos políticos, músicos e advogados portugueses na sequência de "declarações falsas ou tendenciosas" após a morte de Odair Moniz, o homem baleado mortalmente pela polícia no Bairro da Cova da Moura, na Amadora.
Na imprensa internacional, são ainda referidos os desacatos que ocorreram na Grande Lisboa, após a morte do cidadão cabo-verdiano de 43 anos, e que resultaram em várias detenções, feridos e incêndios.
O jornal apresenta as razões da queixa-crime, destacando que André Ventura comentou que o polícia que disparou sobre Odair Moniz devia ser "condecorado e não constituído arguido", informa que Pedro Pinto deu declarações à RTP onde afirmou que "se as forças de segurança disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem" e, por sua vez, revela que Ricardo Reis escreveu, na rede social X, num comentário que foi entretanto apagado, que esta morte era "menos um criminoso" nas ruas.
O The Guardian relembra, ainda, no artigo, que no ano passado as Nações Unidas manifestaram "preocupação com relatos de uso excessivo de força pela polícia em Portugal".
No artigo é feita uma nota sobre o percurso das manifestações de sábado, em Lisboa, que iriam terminar no mesmo sítio.
O The Guardian refere que Ventura e Pinto "não responderam a um pedido de comentário" do jornal sobre o assunto.
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