PCP pede foco nas reivindicações dos bombeiros e não na forma de protesto
O secretário-geral do PCP pediu hoje atenção ao conteúdo das reivindicações dos bombeiros sapadores, e não à forma como se manifestaram na terça-feira, apesar de admitir que não teria dirigido o protesto da mesma maneira.
© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images
Política PCP
Em declarações aos jornalistas no parlamento, Paulo Raimundo foi questionado sobre a manifestação de bombeiros sapadores na terça-feira em frente da sede do Governo, em Lisboa, - em que foram utilizados petardos e fumo.
Na resposta, o secretário-geral do PCP considerou que se pode olhar para a manifestação através de dois prismas: "do conteúdo ou da forma".
"Eu queria centrar-me, sem fugir à forma, no conteúdo: é justo. Aquilo que é exigido é justo", afirmou, reforçando que "é justa a reivindicação de respeito, de reconhecimento das categorias e profissões e a exigência de aumento dos salários".
"Sobre a forma, o que eu gostaria de colocar, de forma simplista, é: se fosse eu a dirigir aquele protesto, certamente que as formas não seriam aquelas que foram encontradas", frisou, apesar de ressalvar que não gostaria que "a forma desviasse a atenção daquilo que é central, que são os conteúdos".
Questionado se considera, como o Governo, que é impensável negociar com uma manifestação daquela dimensão à frente da sede, Paulo Raimundo respondeu que se tem "assistido a protestos vários, uns daquela forma mais pirotécnica e outros de forma até mais carnavalesca".
"Isso é tudo justificação para muita coisa, eu acho é que não é justificação para não responder às questões que estão colocadas", disse.
Paulo Raimundo reiterou que não se deve contribuir "para desviar a atenção do conteúdo: carreiras, profissões, respeito por quem trabalha e aumento de salários para todos, também para os bombeiros".
Esta terça-feira, o Governo suspendeu a reunião negocial com representantes dos bombeiros sapadores por considerar que não estavam reunidas condições de segurança devido à manifestação que decorria no exterior do edifício.
Esta suspensão surgiu depois de pelo menos três centenas de bombeiros sapadores e profissionais se terem concentrados junto à sede do Governo, em Lisboa, para contestar, ao som de gritos e petardos, o que classificam ser uma "falta de respeito" pela classe.
A concentração de sapadores começou no quartel de Alvalade, seguiu pela Avenida de Roma em passo lento, gritando palavras de ordem contra o Governo e disparando petardos e fumos.
Em redor do edifício Campus XXI, onde se encontra a sede do Governo, estava desde as 08:00 um forte dispositivo das autoridades, incluindo várias carrinhas da Unidade Especial de Polícia.
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