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EUA apoiam Intel em 18 milhões de euros para produção de semicondutores

O Governo dos EUA vai apoiar a empresa de produção de semicondutores Intel com cerca de 19.500 milhões de dólares (cerca de 18 mil milhões de euros) em financiamento direto e empréstimos.

EUA apoiam Intel em 18 milhões de euros para produção de semicondutores
Notícias ao Minuto

13:34 - 20/03/24 por Lusa

Tech Intel

O investimento hoje anunciado comporta um financiamento direto de 8,5 mil milhões de dólares (7,8 mil milhões de euros) e 11,0 mil milhões de dólares (10,2 mil milhões de euros) em empréstimos para fábricas de 'chips' computacionais nos estados de Arizona, Ohio, Novo México e Oregon.

"Hoje, a administração Biden-Harris [Presidente Joe Biden e vice-presidente Kamala Harris] anunciou que o Departamento do Comércio e a Intel alcançaram um memorando de entendimento não vinculativo para fornecer até 8,5 mil milhões de dólares em financiamento direto ao abrigo do 'CHIPS and Science Act' para fortalecer a cadeia de abastecimento dos EUA e restabelecer a liderança americana no fabrico de semicondutores", refere um comunicado publicado no portal do Departamento de Comércio.

A Intel deverá investir um total superior a 100 mil milhões de dólares (92,2 mil milhões de euros) nos próximos cinco anos, prevendo criar 10.000 postos de trabalho na indústria transformadora e perto de 20.000 na construção.

O comunicado surge antes de um anúncio formal por Joe Biden, previsto para a visita que fará hoje ao 'campus' da Intel em Chandler, estado do Arizona, considerado um 'swing state' ('estado pendular') por tradicionalmente oscilar entre democratas e republicanos, noticia a Associated Press (AP).

Nos últimos tempos, o chefe de Estado norte-americano tem apontado que há um elevado número de eleitores que não conhecem as suas políticas económicas e sugeriu que seria mais apoiado caso as conhecessem.

Citada pela AP, a secretária do Comércio norte-americana, Gina Raimondo, considera que o acordo alcançado através do seu departamento vai colocar os EUA como produtor de 20% dos 'chips' mais avançados do mundo até 2030, contra 0%, atualmente.

A agência noticiosa acrescenta que os EUA têm desenvolvido 'chips' avançados, mas que apresentam incapacidade de os fabricarem internamente, o que se configurou como um risco económico e de segurança nacional.

"O fracasso não é uma opção -- os 'chips' de ponta são o núcleo do nosso sistema de inovação, em especial quando se trata de avanços na inteligência artificial e nos nossos sistemas miliares", afirmou Raimondo aos jornalistas, numa chamada telefónica citada pela AP.

A interrupção no fornecimento de 'chips' semicondutores, durante a pandemia da covid-19, prejudicou a produção de produtos de alta tecnologia, expondo a dependência mundial na produção de Taiwan e nas fábricas chinesas que montam a maioria dos dispositivos eletrónicos.

Nesse sentido, os EUA aprovaram o 'CHIPS and Science Act', que exige gastos com pesquisa que totalizariam cerca de 200 mil milhões de dólares ao longo dos próximos 10 anos.

Além de subvenções para relançar a produção de semicondutores, a lei prevê montantes suplementares para investigação e desenvolvimento.

É ao abrigo deste acordo que parte destes projetos da Intel deverão ser financiados, sendo o quarto e o maior feito neste sentido.

"Consideramos que este é um momento decisivo para os Estados Unidos, para a indústria de semicondutores e para a Intel", afirmou o presidente executivo da Intel, Pat Gelsinger, que considerou a 'CHIPS and Science Act' "a legislação de política industrial mais importante desde a Segunda Guerra Mundial".

O financiamento à Intel deverá ser aplicado em quatro estados diferentes.

No Arizona, deverão ser construídas duas novas fábricas de 'chips' em Chandler e a modernizar uma já existente, enquanto no Ohio serão feitas duas novas fábricas avançadas em New Albany (nos arredores da capital estadual, Columbus).

A Intel vai ainda transformar duas das suas fábricas em Rio Rancho, no Novo México, e modernizar as infraestruturas em Hillsboro, no Oregon.

Leia Também: UNESCO: Países devem combater iliteracia tecnológica e regular IA

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