Associados do Montepio aprovaram com maioria plano e orçamento de 2020
Os associados da Associação Mutualista Montepio Geral aprovaram na segunda-feira à noite com 98% dos votos o programa de ação e orçamento de 2020, disse fonte oficial da mutualista à Lusa
© Reuters
Economia Montepio Geral
Esta foi a primeira reunião magna após a saída de Tomás Correia da presidência da Associação Mutualista Montepio Geral e a assunção do cargo por Virgílio Lima, que nos últimos anos era administrador.
A idoneidade de Tomás Correia para continuar à frente da mutualista foi um tema que se arrastou ao longo deste ano e que terminou com o pedido de escusa do próprio gestor, que saiu em 15 de dezembro do cargo que ocupava há 11 anos.
O plano de ação e orçamento (PAO) aprovado esta segunda-feira prevê, para 2020, uma quebra de 30,7% de receitas associativas face a 2019, passando de 658 milhões de euros este ano para 456 milhões em 2020, apesar de um aumento de associados próximo dos 10 mil.
O PAO para 2020 prevê ainda receitas líquidas de 5,4 milhões de euros, um aumento face aos dois milhões de euros estimados para 2019.
O parecer do Conselho Fiscal, disponível no 'site' da mutualista, é positivo ao plano para 2020, mas adverte que "frequentemente os acontecimentos futuros não ocorrem de forma esperada, pelo que os resultados reais poderão vir a ser diferentes dos previstos e as variações poderão vir a ser materialmente relevantes".
O Conselho Fiscal refere ainda que, em 2019, "se registou uma muito baixa taxa de execução das medidas tendentes ao alargamento da oferta de modalidades mutualistas no tocante a novas finalidades e modelos de proteção e solvência social".
A Associação Mutualista Montepio Geral tem cerca de 600 mil associados e é o topo do grupo Montepio, cuja principal empresa é o Banco Montepio.
O grupo mutualista está numa fase de indefinição sobre o seu futuro, desde logo por dúvidas sobre a saúde das suas finanças.
A associação mutualista aguarda ainda o parecer do Governo aos novos estatutos e o banco Montepio - que nos últimos meses tem estado em instabilidade governativa - aguarda a posição do Banco de Portugal à indigitação de Pedro Leitão como presidente executivo.
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