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CDS defende prioridade para ampliação do porto do Funchal

O deputado do CDS-PP/Madeira Rui Barreto considerou hoje que a ampliação do porto do Funchal deve ser um projeto "prioritário", criticando a "teimosia" do anterior Governo Regional, que decidiu construir um novo cais que se tem revelado inoperacional.

CDS defende prioridade para ampliação do porto do Funchal
Notícias ao Minuto

15:20 - 30/11/15 por Lusa

Economia Rui Barreto

"Em fevereiro de 2011, os estudos já diziam que este cais 8 [construído na marginal do Funchal com os detritos da aluvião do 20 de fevereiro de 2010] seria inviável e teria problemas de segurança e operacionalidade que só poderiam ser resolvidos se e quando fosse feito o prolongamento da Pontinha [porto da cidade]", afirmou o parlamentar centrista.

Rui Barreto considerou ser de "estranhar o murmurinho à volta da operacionalidade" deste novo cais, uma estrutura que tem sido rejeitada pelos comandantes dos navios de cruzeiro que chegam à Madeira como alternativa ao porto do Funchal quando este está cheio, por razões de segurança.

Segundo o deputado à Assembleia Legislativa da Madeira, o setor do turismo de cruzeiro é fundamental para a economia da região, mas tem registado uma "baixa considerável", desde 2009, no número de passageiros desembarcados, que eram de 600 mil e passou para os 475 mil/ano.

"O prolongamento da Pontinha deve ser prioritário para a Madeira, porque tem retorno absoluto", sublinhou.

O deputado do CDS-PP/M defendeu que a construção do cais 8 apenas aconteceu por "teimosia do Governo Regional", vincando que "os estudos diziam claramente que este cais era inviável e só poderia ser operacional se houvesse aumento da Pontinha".

"Devíamos ter colocado o investimento na Pontinha como prioritário, porque viabilizava este cais e uma atividade económica que é fundamental para a região [turismo de cruzeiro]", concluiu.

O cais 8 foi uma obra que custou 18 milhões de euros e gerou polémica desde o início, entre o Governo Regional então chefiado por Alberto João Jardim e a Câmara Municipal do Funchal, presidida na altura por Miguel Albuquerque.

Em 2011, Alberto João Jardim decidiu deixar todo o entulho tirado da cidade e das ribeiras -- em resultado da intempérie de 20 de fevereiro de 2010 - naquela zona da marginal do Funchal, alegando ser "mais barato" deixá-los do que os transportar de camião pela cidade e depositá-los noutro local, sugerindo assim a criação de um cais.

Na ocasião, o atual presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, reagiu negativamente ao projeto, tendo a autarquia apresentado em alternativa um outro que apostava na ampliação em cerca de 400 metros para oeste do atual molhe da Pontinha, num investimento de 42 milhões de euros.

O novo cais tem 330 metros de comprimento por 22 metros de largura e permite a atracação de navios até 275 metros com um calado de 7,5 metros, mas raramente é utilizado.

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