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Descoberto novo tipo de depressão (e inclui medicação alternativa)

Cientistas apontam mais um tipo de estado depressivo, que se explica pela ação a nível cerebral

Descoberto novo tipo de depressão (e inclui medicação alternativa)
Notícias ao Minuto

12:45 - 02/07/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Problemas

Existem vários tipos de monoaminas, que atuam no organismo enquanto neurotransmissores. As mais comuns, que atuam a nível do sistema nervoso central são a norepinefrina, serotonina, e dopamina responsáveis por influenciar o estado de cada indivíduo em termos de humor, ansiedade, sono e mesmo alimentação.

Por esta explicação facilmente se conclui que as monoaminas têm influencia direta sobre o estado depressivo, em específico aquando do seu decréscimo, que se tenta compensar com a toma de antidepressivos, como é explicado no trabalho ‘História e Evolução da Hipótese da Monoamina da Depressão’, publicado na Livraria Nacional de Medicina do Instituto de Saúde dos Estados Unidos. Contudo, o mesmo estudo aponta questões em aberto sobre o tema como o porquê de os antidepressivos nem sempre funcionarem ou o porquê de tais medicamentos serem, por vezes, eficazes no tratamento de outros problemas como a bulimia ou Transtorno obsessivo-compulsivo, que não são de natureza depressiva.

De tais questões que obrigam a uma contínua procura de respostas para estudos publicados há décadas atrás, surge o estudo agora publicado por dois neurocientistas japoneses da Universidade de Hiroshima, no Japão que alegam que 30% dos que usam antidepressivos não veem resultados: “precisamos de outra explicação para o que está a causar a depressão”, cita o Science Alert.

Através de estudos feitos em ratos de laboratório, a dupla de cientistas descobriu que a proteína cerebral RGS8 ajuda a controlar a hormona MCHR1, que é responsável pelos estímulos de sono, apetite e emocionais. É pois a alteração de níveis desta hormona que poderá estar a desencadear o estado depressivo, que se aponta à variação da hormona MCHR1.

No estudo de observação, em que se analisou os ratos com mais ou menos proteína RGS8, não se identificou qualquer associação às monoaminas o que é promissor para a identificação e consequente tratamento da depressão: se os antidepressivos não funcionam, significa que o problema não advém da monoamina, logo, será necessário outro medicamento que se relacione com a RGS8.

Embora os testes ainda não estejam na fase de se conhecer os efeitos no ser humano, os neurocientistas estão confiantes de que a solução poderá passar por esta hipótese agora identificada.

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