Consumir adoçante: Sim ou não?
No combate ao excesso de peso, muitos indivíduos optam por consumir adoçantes artificiais em detrimento do açúcar. Mas será que tal é se recomenda?
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Lifestyle Saga corpo de verão
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ingestão de açúcar deve representar entre 5 a 10% das calorias diárias, o que corresponde a cerca de 100 a 200 calorias (numa dieta de 2.000 calorias).
E para evitar o consumo exagerado deste alimento, muitas pessoas reduzem a quantidade de açúcar às refeições, preferindo optar pelos adoçantes – mas será que esta substância é amiga ou vilã?
Devo ou não optar pelo adoçante?
De acordo com uma reportagem publicada na revista VEJA, o corpo humano utiliza o açúcar como fonte de energia, que se não for gasta, acaba por se acumular no organismo e por se transformar em gordura. Nos momentos em que não precisa dessa energia extra, como à noite antes de se deitar, o açúcar deve ser excluído, de modo a evitar o ganho daqueles quilos a mais. No entanto, quando o corpo precisa de combustível, como antes de realizar uma atividade física, o uso do açúcar é muito bem-vindo já que essa energia será gasta.
Segundo, a nutricionista Elaine Moreira, em declarações aquela publicação, quem deseje adequar a sua alimentação às recomendações da OMS ou evitar consumir demasiado açúcar pode utilizar o adoçante.
A especialista refere ainda que os edulcorantes (aditivos utilizados na produção do adoçante) não aumentam a glicémia, têm virtualmente zero calorias e não provocam cáries.
Todavia, a nutricionista alerta para a inclusão de adoçantes na alimentação infantil. Para a nutricionista, o produto deve ser utilizado apenas em casos de necessidade, tais como obesidade e diabetes, para evitar uma má nutrição e peso ideal deficitário, o que por sua vez pode atrapalhar o crescimento e desenvolvimento da criança.
Adoçantes: naturais e artificiais
Apesar das muitas polémicas que envolvem os adoçantes, a nutricionista afirma que ser natural ou artificial não torna o produto melhor. “Antes de chegarem ao mercado os adoçantes são testados, se passam é porque são seguros. A diferença está no gosto, alguns deixam um sabor residual na boca, como é o caso da sacarina. Outros como a sucralose e o xilitol têm um sabor mais parecido com o do açúcar”, explica.
Problemas para a saúde
No ano passado, o periódico científico Canadian Medical Association Journal publicou uma pesquisa que referia que os adoçantes artificiais compostos por sucralose, aspartame e glicosídeo de esteviol (stevia) não só não ajudam na perda de peso, como aumentam ainda a probabilidade de desenvolvimento de diabetes, pressão alta, doenças cardíacas e de obesidade.
Apesar dessas descobertas, e de dados semelhantes que foram apurados noutros estudos internacionais, os investigadores ainda não sabem dizer como e porquê os adoçantes artificiais podem estar a provocar esses efeitos nocivos. Alertando para a necessidade de realização de investigações subsequentes.
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