O motivo surpreendente por que há cada vez mais pessoas com DSTs
Estima-se que um jovem adulto seja diagnosticado com uma doença sexualmente transmissível (DST) a cada quatro minutos.
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Lifestyle DSTs
São incrivelmente comuns, porém a maioria das infeções contraídas sexualmente raramente provocam sintomas. Adicionalmente, é ainda extremamente significativo o estigma que as envolve na sociedade atual.
Mais do que simples tabu, uma pesquisa britânica apurou que a chamada ‘cultura de vergonha’ que circunda as DSTs está a impedir que as pessoas afetadas realizem exames de diagnóstico, o que por sua vez está a levar ao aumento da propagação de infeções.
Agora e segundo um estudo realizado pelo Sistema de Saúde Pública britânico, estima-se que a cada quatro minutos uma pessoa seja diagnosticada com clamídia ou gonorreia.
Nomeadamente os casos de gonorreia subiram para 22% entre 2016 e 2017, o que os investigadores creem ter acontecido devido ao surgimento de uma nova estirpe da infeção resistente a antibióticos.
Todavia, os investigadores creem que o crescimento das DSTs se deve sobretudo a vários fatores sociais.
Apesar de ser o único método seguro não hormonal de contraceção e que protege contra as DSTs, muitos indivíduos evitam usá-los. Segundo uma pesquisa conduzida pela marca de preservativos SKYN, apenas 56% dos millennials os usam regularmente.
Em declarações à publicação The Independent, Sarah Welsh, co-fundadora da companhia de preservativos HANX, explica que muitos homens e mulheres ficam algo relutantes relativamente ao uso de preservativos, porque se sentem envergonhados ou constrangidos.
“A nossa pesquisa apurou que muitos indivíduos se preocupam que o uso de preservativo diminua o prazer ou a intimidade. As mulheres em particular temem ser vistas como promiscuas ao solicitarem o uso de preservativo”.
“Outros são ainda desencorajados pelo cheiro típico dos preservativos”, refere.
Welsh refere ainda que outro problema chave e especificamente associado às DSTs se deve ao facto do estigma social ainda prevalecente.
“Os jovens creem ser capazes de saber se alguém está ou não infetado simplesmente pela sua aparência… o que é de todo fácil – já que as doenças sexualmente transmissíveis não descriminam e não têm em consideração idade, género, etnia, religião ou estatuto financeiro”.
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