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Adultos autistas apresentam risco mais elevado de contrair coronavírus

Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), deficiência intelectual e indivíduos que sofrem de problemas de saúde mental podem estar mais propensos à infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, e desenvolver quadros graves da doença, destaca um novo estudo.

Adultos autistas apresentam risco mais elevado de contrair coronavírus
Notícias ao Minuto

08:46 - 01/09/21 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Coronavírus

A pesquisa, divulgada no jornal científico Autism e citada pela revista Galileu, analisou o historial de saúde de mais de 1 milhão de norte-americanos e aponta que fatores como a elevada incidência de comorbidades ligadas ao SARS-CoV-2 ou a necessidade de contacto com cuidadores tornam os indivíduos que sofrem de autismo mais predispostos a serem afetados por quadros severos da doença pandémica.

Entre 2008 e 2012, os investigadores analisaram dados de pessoas entre os 20 e 64 anos de idade registadas no Medicaid (plano público de saúde financiado pelo governo dos Estados Unidos para a população com baixos rendimentos).

Sendo que 372.807 doentes sofriam de algum problema de saúde mental, comparativamente a 683.778 que não experienciavam estas condições. Entretanto, 31.101 indivíduos eram autistas, 52.049 tinham autismo e algum tipo de deficiência intelectual e 563.558 haviam sido clinicamente diagnosticados apenas com deficiência intelectual. 

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Os investigadores notaram que esses três grupos tinham uma probabilidade mais elevada de habitarem em espaços congregados e de lidarem com cuidadores externos em casa durante a pandemia.

Adicionalmente, o risco de hospitalização foi entre duas a quatro vezes superior entre esses doentes comparativamente ao resto da população sem essas comorbidades.  

Mais ainda, destaca a Galileu, os dados apurados detetaram uma incidência mais alta de condições associadas ao SARS-CoV-2 entre os grupos estudados, como por exemplo de doenças cardiovasculares graves, obesidade e diabetes tipo 2. 

"As diferenças na prevalência de condições de saúde específicas já foram descritas anteriormente, mas este estudo traz à luz uma prevalência mais elevada em muitas das condições de saúde específicas que podem colocar alguém em risco de desenvolver um quadro grave devido à Covid-19", considera a pesquisa.

Os investigadores sugerem ainda que os prestadores de cuidados podem ter um papel determinante na toma da vacina destes doentes, por terem uma relação de familiaridade com os mesmos.

"É importante que os cuidadores sejam apoiados na implementação de práticas seguras no atendimento a essas comunidades e na priorização dessas populações para o alcance da vacina contra a Covid-19", dizem os cientistas.

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