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Médicos alertam que sépsis será mais fatal do que cancro e enfartes

É provável que a sépsis, uma complicação potencialmente fatal decorrente de uma infeção, mate mais pessoas até 2050 do que cancro e ataques cardíacos devido ao uso irracional de antibióticos, afirmam médicos e especialistas.

Médicos alertam que sépsis será mais fatal do que cancro e enfartes
Notícias ao Minuto

10:00 - 17/09/21 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Sépsis

A sépsis é uma resposta sindrómica à infeção e frequentemente culmina em morte, ocorrendo como consequência final de múltiplas doenças infeciosas um pouco por todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Um estudo publicado na revista Lancet, revelou que em 2017 foram registados 48,9 milhões casos e 11 milhões de óbitos relacionados à sépsis em todo o mundo, representando quase 20% de todas as mortes globais.

"A sépsis matará mais pessoas do que o cancro ou ataques cardíacos em 2050, será o maior assassino. Em países em vias de desenvolvimento como a Índia, a resistência a multi-fármacos devido ao uso excessivo de antibióticos está provavelmente ainda a causar uma maior mortalidade", disse Yatin Mehta, presidente do Instituto de Cuidados Críticos e Anestesiologia, Medanta -- The Medicity, Gurugram, em declarações ao jornal Times of India. 

Segundo a OMS, a sépsis afeta sobretudo países de terceiro mundo, nomeadamente na América do Sul, África e no sudoeste asiático. 

Isso ocorre porque a condição pode ser causada por muitas doenças comuns, como dengue, malária ou até mesmo diarreia.

Além do uso de antibióticos, a pesquisa recente salientou igualmente a falta de consciência e sensibilização da população para a condição, assim como a falta de cuidados de saúde que possibilitem o diagnóstico precoce.

"Apesar dos avanços na medicina, os hospitais públicos atendem 50-60% dos pacientes com sépsis e em choque séptico. Consciencialização e diagnóstico precoce são necessários, e o tratamento desnecessário com antibióticos deve ser evitado", sublinhou Mehta.

Leia Também: Ébola: Novas epidemias podem surgir de humanos infetados antes

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