O ferro é um mineral natural presente em vários alimentos, mas também pode ser ingerido em formato de suplemento. É um componente crucial da hemoglobina e uma proteína encontrada nas células vermelhas (hemácias). Assim, o ferro e as células vermelhas unem-se e desempenham o papel de transportar o oxigénio pelo corpo.

O ferro é essencial para todos, mas o seu consumo deve ser significativamente acrescido durante a gravidez por vários motivos. O primeiro é que, esperando um bebé, a quantidade de sangue no corpo aumenta 50%, por isso há mais células vermelhas que necessitam de ferro.

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Este também é necessário para produzir certas enzimas que aumentam em número durante a gravidez e, para além disso, é essencial para o desenvolvimento do bebé, que acaba por armazená-lo em quantidades suficientes para os seus primeiros seis meses de vida, segundo a nutricionista Jo Travers, citada num comunicado da Intimina.

A necessidade de ferro aumenta exponencialmente durante a gravidez, chegando ao seu pico no terceiro trimestre, quando a quantidade deste mineral presente nos alimentos já não é suficiente. Este fenómeno é normal e natural, e durante este período é usado o ferro armazenado nos meses anteriores. O primeiro trimestre é o período em que a necessidade de ferro é menor do que quando não há gravidez, uma vez que deixa de haver menstruação. É aí que o corpo armazena o ferro para mais tarde.

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Os bebés recebem ferro suficiente durante a amamentação durante os primeiros seis meses das suas vidas e, mais tarde, as suas necessidades deste mineral começam a ser satisfeitas através dos alimentos. Isto significa que não haverá uma perda de ferro para a mãe durante este período de amamentação. "Apesar do ato de amamentar não requerer ferro extra, estudos mostram que mulheres que tomaram suplementos de ferro durante o período de amamentação têm níveis de ferro mais elevados, ou seja, um menor risco de desenvolver deficiências deste mineral e anemia. Isto talvez aconteça porque os suplementos ajudam a restaurar os níveis de ferro depois de uma elevada demanda durante a gravidez", explica Jo Travers.

Consequências da insuficiência de ferro

Uma vez que a necessidade de ferro é mais significativa durante a gravidez, há uma grande hipótese de não o conseguir absorver exclusivamente através dos alimentos. Caso aconteça, pode existir má disposição, cansaço, mau humor e sonolência.

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Aumenta também o risco de desenvolver uma séria deficiência de ferro e anemia. Isto pode-se traduzir em baixos níveis de energia durante o período pós-parto, o que provavelmente se apresentará como um problema, uma vez que haverá um bebé e, consequentemente, uma adaptação por parte da mãe aos hábitos de sono, alimentação, entre outros. 

Considerando que a atenção estará focada no bebé, é possível que não haja tanto tempo para uma maior dedicação à alimentação e descanso necessário para a mãe combater esta falta de ferro. Especialmente porque, com esta condição, a necessidade de descanso torna-se maior.

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Há também a possibilidade de perda de sangue durante o parto, resultando em baixos níveis de ferro, para além da menstruação, que pode regressar durante os primeiros meses de vida do bebé. Isto significa que há também uma necessidade de toma de suplementos de ferro durante a amamentação.

O que fazer

O mais importante é que exista uma dieta equilibrada que vai resultar em níveis estáveis de ferro no corpo antes e durante a gravidez e amamentação. O que também contribui para este resultado é uma atenção especial aos sintomas de baixos níveis de ferro - fadiga, mal-estar, má disposição, irritabilidade, palidez, etcétera. É ainda importante cuidar do corpo e garantir o descanso sempre que possível. Caso isto não seja suficiente, é importante contactar um ginecologista. 

O mais provável é que o ginecologista faça alguns exames ao sangue durante a gravidez, para perceber o nível de hemoglobina. A toma de suplementos de ferro de forma preventiva é recomendada, uma vez que pode reduzir complicações futuras, visto que a necessidade se tornará maior e o ferro presente nos alimentos não será suficiente. Por isso, é fundamental que a mãe comece por cuidar da sua saúde.

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