ONU quer fundos para apoiar educação de crianças em zonas de crises
O enviado especial das Nações Unidas para a educação global, o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, pediu hoje mais fundos para apoiar crianças em idade escola deslocadas por crises, como acontece na Venezuela, República Centro-Africana ou Afeganistão.
© Reuters
Mundo Preocupação
Gordon Brown referiu, em conferencia de imprensa, a "urgência" em agir antes do agravamento da situação nestes países, a que se juntam os problemas existentes na Síria, Iémen, Sudão do Sul ou a situação dos Rohingya em Myanmar, antiga Birmânia.
No caso da Venezuela, o enviado das Nações Unidas lembrou que a crise provocou um "êxodo estimado de três milhões" de pessoas, o maior na história da América Latina e das Caraíbas.
Já na República Centro-Africano meio milhão de crianças vivem sem ir à escola, enquanto no Afeganistão ainda existem cerca de 3,7 milhões de crianças fora da escola e é necessário reabrir cerca mil escolas.
"Estes jovens não são mais apenas a geração perdida, eles são a geração invisível e nós temos que fazer mais", defendeu Brown.
Nesse sentido, decidiu ampliar o fundo chamado "A educação não pode esperar", uma iniciativa lançada em 2016 que procura reunir em 2021 cerca de 1.800 milhões de dólares, para financiar ações globais na área da educação.
O fundo planeia apresentar em breve um projeto para garantir a educação a meio milhão de crianças no Afeganistão e outro para ajudar cerca de 900 mil crianças, durante três anos, na República Centro-Africana.
No total, de acordo com as Nações Unidas, existem no mundo mais de 30 milhões de crianças refugiadas ou deslocadas e cerca de 75 milhões sem educação, afetadas por emergências e crises.
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