Burundi saúda decisão da UE em levantar sanções impostas em 2016
O Presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, reagiu com satisfação ao anúncio feito hoje por Bruxelas de que a União Europeia (UE) vai levantar as sanções que mantinha ao seu país.
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Mundo Burundi
O Conselho da UE anunciou hoje a revogação da sua decisão de 2016 de impor ao Burundi medidas como a suspensão do apoio financeiro e desembolsos de fundos diretos à Administração ou instituições do país.
"Saúdo a sábia decisão da União Europeia e dos seus Estados-membros por terem dado o passo para suspender, com efeitos imediatos, as sanções económicas contra o meu país", reagiu Ndayishimiye em mensagem na rede social Twitter.
"O Burundi está disposto a cooperar com todos os parceiros. Juntos, tudo é possível", acrescentou.
O Conselho da União Europeia decidiu hoje levantar as sanções impostas ao Burundi em 2016 e retomar a sua ajuda financeira direta, recompensando assim os progressos verificados em áreas como os direitos humanos, boa governação e Estado de direito.
Em comunicado, o Conselho -- instituição na qual estão representados os 27 Estados-membros -- refere que a decisão "é o resultado do processo político pacífico que começou com as eleições gerais de maio de 2020 e que abriu uma nova janela de esperança para a população do Burundi".
"Desde as eleições de 2020, a UE reconheceu os progressos feitos pelo governo do Burundi em matéria de direitos humanos, boa governação e Estado de direito, bem como os compromissos assumidos no seu roteiro no sentido de novas melhorias nessas áreas. Além disso, um grande número de refugiados regressou voluntariamente ao Burundi, e a cooperação com a comunidade internacional e com os países vizinhos foi revitalizada", justifica o Conselho.
Em novembro de 2015, na sequência da deterioração da situação no Burundi no período que antecedeu as eleições legislativas e presidenciais de junho e julho desse ano, marcado pela violência, a União Europeia iniciou o procedimento que levou à aplicação de sanções em 2016, por considerar que o país não estava em conformidade com os elementos essenciais estabelecidos no Acordo de Parceria ACP-UE em relação aos direitos humanos, à democracia e ao Estado de direito.
Embora tenha mantido o seu apoio financeiro à população, a UE suspendeu então todas as ajudas financeiras à administração e instituições do Burundi, que serão agora retomadas.
Também os Estados Unidos da América decidiram já em novembro de 2021 levantar as sanções aplicadas ao Burundi pela espiral de violência verificada em 2015, que provocou centenas de mortos.
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