Acordo de paz da Irlanda do Norte "mostra a importância do envolvimento"
O secretário-geral da ONU, António Guterres, invocou hoje o "espírito do acordo" de paz alcançado em 1998 na Irlanda da Norte para pôr fim a conflitos em todo o mundo, incluindo na Ucrânia.
© Getty Images
Mundo Guterres
Numa intervenção por vídeo transmitida numa conferência realizada para celebrar o 25.º aniversário do Acordo de Belfast, também conhecido por Acordo de Sexta-Feira Santa, Guterres celebrou o entendimento "conquistado através da coragem política e comunitária, da criatividade humana e da imaginação, de negociações meticulosas, e da paciência infinita".
"Este acordo mostra a importância do envolvimento e dos esforços contínuos, mesmo nas condições mais adversas. E numa altura em que conflitos continuam em todo o mundo, inclusive na Europa, precisamos mais do que nunca do espírito do Acordo da Sexta-feira Santa", argumentou.
O secretário-geral da ONU Blair falava na abertura do segundo de três dias da conferência organizada pela universidade Queen's University Belfast, onde participaram na segunda-feira muitos dos protagonistas das negociações.
Ao longo do dia de hoje, estão programadas intervenções de membros dos governos do Reino Unido, da República da Irlanda, dos principais partidos políticos da província britânica e dirigentes europeus.
Na quarta-feira vão discursar o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o antigo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.
O Acordo de Belfast / Sexta-Feira Santa ajudou a pôr fim à violência sectária entre católicos republicanos e protestantes pró-britânicos que causou cerca de 3.500 mortos e 40.000 feridos.
Porém, o aniversário foi ensombrado pelo boicote do Partido Democrata Unionista (DUP) ao governo e assembleia regionais, que estão suspensos desde 2022, em protesto com o estatuto comercial da Irlanda do Norte no pós-Brexit.
A tensão política é acompanhada por um reforço das segurança devido ao maior risco de atentados terroristas.
Em fevereiro, um polícia foi vítima de uma tentativa de homicídio violenta em Omagh, cerca de 100 quilómetros a oeste da capital, Belfast, enquanto se encontrava fora de serviço, a qual foi reivindicada pelo grupo dissidente conhecido como "Novo IRA".
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