Secretário de Estado dos EUA vai encontrar-se com presidente chinês
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, vai encontrar-se hoje com o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou o Departamento de Estado norte-americano.
© Lusa
Mundo Blinken
Blinken encerra hoje uma visita de dois dias a Pequim, que tem como objetivo de aliviar as crescentes tensões entre os EUA e a China.
O encontro entre os dois dirigentes está agendado para as 16:30, horário local (09:30 em Lisboa).
De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), espera-se que a visita de Blinken dê início a uma nova ronda de visitas de altos funcionários dos Estados Unidos e da China, possivelmente incluindo uma reunião entre Xi e o Presidente norte-americano, Joe Biden, nos próximos meses.
Hoje, Blinken já se tinha encontrado com altos funcionários chineses, nomeadamente com o principal diplomata da China, Wang Yi, numa reunião que durou cerca de três horas.
Wang Yi disse hoje ao secretário de Estado norte-americano que a China e os Estados Unidos têm de escolher entre "cooperação ou conflito", segundo os 'media' estatais.
"É necessário fazer uma escolha entre o diálogo e a confrontação, a cooperação e o conflito", sublinhou, de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV.
Wang Yi afirmou também que o país não fará "nenhum compromisso" em relação a Taiwan, ilha que Pequim reclama como seu território e que tem causado uma crescente tensão entre os dois países.
"Manter a unidade nacional está sempre no centro dos interesses fundamentais da China" e, "nesta questão, a China não fará compromissos ou concessões", disse Wang Yi a Antony Blinken, na primeira visita de um secretário de Estado dos EUA desde 2018.
Wang, o mais alto responsável do Partido Comunista Chinês (PCC) para a diplomacia, pediu que os Estados Unidos respeitem a soberania e a integridade territorial da China e para que se oponham à independência de Taiwan.
Na primeira ronda de negociações, no domingo, Blinken reuniu-se por quase seis horas com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, após os dois países terem dito que concordaram em continuar o diálogo de alto nível.
Os dois lados disseram que Qin aceitou um convite de Blinken para visitar Washington, mas Pequim deixou claro que "a relação entre a China e os EUA está no ponto mais baixo desde que foi estabelecida".
De acordo com a AP, este sentimento é amplamente partilhado pelas autoridades norte-americanas.
Além da questão de Taiwan, outros assuntos têm contribuído para a tensão das relações entre as duas maiores economias do mundo.
Estas incluem a rivalidade no domínio da tecnologia, as sanções norte-americanas contra os gigantes digitais chineses, o comércio, o tratamento da minoria muçulmana uigur no país asiático e as reivindicações de Pequim em relação ao mar do Sul da China.
[Notícia atualizada às 10h04]
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