Mali anuncia detenção de suspeitos de apoiarem autores dos atentados
O exército maliano anunciou hoje a detenção de seis suspeitos de apoiarem os autores dos atentados na capital Bamako, que mataram mais de 70 pessoas em meados de setembro.
© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Mundo Exército
A 17 de setembro, Bamako foi palco de ataques como há anos não se via, visando o aeroporto militar e o centro de formação da polícia maliana. Os atentados foram reivindicados por um grupo extremista afiliado à Al-Qaida.
Num comunicado, o Estado-Maior "informa a opinião pública da detenção, nos dias 17 e 18 de novembro, de seis membros da rede terrorista implicados no atentado de 17 de setembro em Bamako".
"Os indivíduos detidos são suspeitos de terem facilitado a chegada e a instalação dos comandos terroristas que executaram os atentados, de terem efetuado missões de vigilância dos locais a atacar e de terem fornecido apoio logístico aos grupos terroristas armados", acrescenta-se o documento.
O Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, sigla em francês) havia afirmado, através dos seus canais de comunicação, que algumas dezenas dos seus homens tinham causado centenas de mortos e feridos nesse dia, incluindo membros do grupo russo Wagner, aliado do regime militar.
A capital maliana não era palco de uma operação deste tipo desde 2016, enquanto outras regiões do país são vítimas de ataques quase diários.
O Mali, confrontado com o extremismo islâmico e uma profunda crise, foi palco de dois golpes, em agosto de 2020 e maio de 2021. Desde então, o país é governado por uma junta liderada pelo general Assimi Goïta.
Desde 2022, os militares no poder romperam a aliança de longa data comFrança e os seus parceiros europeus, voltando-se para a Rússia em busca de apoio militar e político. Por outro lado, expulsaram do país a missão da ONU MINUSMA e denunciaram o acordo assinado em 2015 com os grupos independentistas do Norte, considerado essencial para a estabilização do país.
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