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Mali anuncia detenção de suspeitos de apoiarem autores dos atentados

O exército maliano anunciou hoje a detenção de seis suspeitos de apoiarem os autores dos atentados na capital Bamako, que mataram mais de 70 pessoas em meados de setembro.

Mali anuncia detenção de suspeitos de apoiarem autores dos atentados
Notícias ao Minuto

28/11/24 15:47 ‧ Há 1 Hora por Lusa

Mundo Exército

A 17 de setembro, Bamako foi palco de ataques como há anos não se via, visando o aeroporto militar e o centro de formação da polícia maliana. Os atentados foram reivindicados por um grupo extremista afiliado à Al-Qaida.

 

Num comunicado, o Estado-Maior "informa a opinião pública da detenção, nos dias 17 e 18 de novembro, de seis membros da rede terrorista implicados no atentado de 17 de setembro em Bamako".

"Os indivíduos detidos são suspeitos de terem facilitado a chegada e a instalação dos comandos terroristas que executaram os atentados, de terem efetuado missões de vigilância dos locais a atacar e de terem fornecido apoio logístico aos grupos terroristas armados", acrescenta-se o documento.

O Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, sigla em francês) havia afirmado, através dos seus canais de comunicação, que algumas dezenas dos seus homens tinham causado centenas de mortos e feridos nesse dia, incluindo membros do grupo russo Wagner, aliado do regime militar.

A capital maliana não era palco de uma operação deste tipo desde 2016, enquanto outras regiões do país são vítimas de ataques quase diários.

O Mali, confrontado com o extremismo islâmico e uma profunda crise, foi palco de dois golpes, em agosto de 2020 e maio de 2021. Desde então, o país é governado por uma junta liderada pelo general Assimi Goïta.

Desde 2022, os militares no poder romperam a aliança de longa data comFrança e os seus parceiros europeus, voltando-se para a Rússia em busca de apoio militar e político. Por outro lado, expulsaram do país a missão da ONU MINUSMA e denunciaram o acordo assinado em 2015 com os grupos independentistas do Norte, considerado essencial para a estabilização do país.

Leia Também: Junta militar do Mali demite primeiro-ministro e Governo

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