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Nord Stream. Alemanha emite mandado de detenção de cidadão ucraniano

Caso remonta a 2022, quando o gasoduto foi atacado.

Nord Stream. Alemanha emite mandado de detenção de cidadão ucraniano
Notícias ao Minuto

08:47 - 14/08/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Nord Stream

A Alemanha emitiu um mandado de detenção dirigido a um cidadão ucraniano, pela alegada sabotagem do gasoduto Nord Stream, que aconteceu em setembro de 2022.

 

Questionado pela agência francesa AFP, o Ministério Público Federal alemão, responsável por uma parte da investigação, recusou-se a comentar a informação divulgada pela televisão pública ARD e pelos jornais Suddeutsche Zeitung e Die Zeit.

Segundo estes meios de comunicação alemães, o visado chama-se Volodymyr Z. e viverá na Polónia, alegando-se que terá atacado os gasodutos com pelo menos outros dois cidadãos ucranianos. A justiça alemã não emitiu ainda mandados de captura para os dois alegados cúmplices.

O mandado de captura europeu foi emitido em junho pelo Ministério Público Federal contra o homem, um instrutor de mergulho que vivia não muito longe de Varsóvia, segundo os três órgãos de comunicação social.

De acordo com as regras europeias de auxílio judiciário mútuo, as autoridades polacas dispunham de 60 dias para responder ao pedido alemão e deter o suspeito.

Segundo os meios de comunicação social alemães, a detenção não ocorreu por razões que não foram explicadas.

O suspeito terá entretanto fugido, embora não se saiba se viajou para a Ucrânia.

O alvo do mandado de captura, que foi brevemente contactado por telefone pelos meios de comunicação alemães, negou qualquer envolvimento no ataque.

A Suécia e a Dinamarca pararam a investigação no início do ano, mas as autoridades da Alemanha prosseguiram com o caso, concentrando-se em particular no mergulhador ucraniano.

Não existem, nesta fase, provas que sugiram que o mergulhador e os dois alegados cúmplices tenham atuado sob as ordens das autoridades, dos serviços secretos ou do exército da Ucrânia, segundo os 'media' alemães.

A sabotagem dos dois gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha e transportavam a maior parte do gás russo para a Europa ocorreu em 26 de setembro de 2022, sete meses depois da invasão russa da Ucrânia.

Quatro fugas de gás, precedidas de explosões subaquáticas, ocorreram com poucas horas de intervalo nos dois gasodutos, que não estavam em funcionamento na altura.

A Rússia já tinha deixado de fornecer gás através do Nord Stream 1, no contexto de um conflito energético com os países europeus que apoiam a Ucrânia, e o Nord Stream 2 nunca entrou em funcionamento.

Apesar de não estarem operacionais, os dois gasodutos operados por um consórcio do gigante russo Gazprom estavam cheios de gás.

A Ucrânia acusou na altura a Rússia de responsabilidade pelas fugas nos gasodutos, acusações que foram devolvidas por Moscovo.

Posteriormente, 'media' norte-americanos e alemães disseram que um grupo pró-ucraniano poderia ter sido o autor da sabotagem.

A Ucrânia negou qualquer responsabilidade pela sabotagem.

[Notícia atualizada às 10h49]

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