Polícia investiga cúmplices de Al Fayed em casos de abuso sexual
As autoridades acreditam que estas cinco pessoas podem ter ajudado ou permitido os crimes sexuais do bilionário.
© Luke MacGregor/Reuters
Mundo Al Fayed
A Polícia Metropolitana de Londres revelou, esta quarta-feira, que está a investigar mais cinco pessoas que podem ter ajudado ou permitido os abusos sexuais do empresário Mohamed Al Fayed.
Esta nova investigação começou depois de 90 supostas novas vítimas terem apresentado queixa, logo após a BBC exibir um documentário que mostrou a extensão dos comportamentos do predador.
A polícia de Londres realçou que várias destas novas denunciantes relataram "múltiplos delitos", sem especificar quais e sem fornecer detalhes sobre o perfil das vítimas.
O empresário morreu no ano passado, sem enfrentar qualquer acusação criminal.
Suspeita-se que estes novos casos tenham acontecido entre 1977 e 2014. A vítima mais jovem tinha 13 anos.
O investigador da Polícia Metropolitana de Londres, Steve Clayman, afirmou que a Operação Cornpoppy vai analisar o papel que cada um destes suspeitos "pode ter desempenhado na facilitação da ofensa e que oportunidades tiveram para proteger as vítimas do horrendo abuso".
"Reconheço a bravura de cada vítima e sobrevivente que se apresentou para partilhar a sua experiência, muitas vezes após anos de silêncio. Esta investigação é sobre dar voz aos sobreviventes, apesar do facto de Mohamed Al Fayed já não estar vivo para enfrentar um processo", sublinhou Steve Clayman, citado pela BBC.
Os ataques duraram mais de 30 anos, até 2013. Mohamed Al-Fayed nunca foi alvo de processos judiciais durante a sua vida, mas foi detido pela polícia em 2013.
Em meados de novembro, três mulheres que trabalhavam na Harrods acusaram o irmão, Salah Fayed, também falecido, de também as ter agredido sexualmente.
Os acontecimentos terão ocorrido em Londres, no sul de França e no Mónaco entre 1989 e 1997 e as denunciantes alegam ainda terem sido abusadas sexualmente por Mohamed Al-Fayed.
Além disso, o movimento 'Justiça para Sobreviventes do Harrods' disse ter sido contactado por mais de 420 pessoas, vítimas mas também testemunhas, sobre incidentes semelhantes.
Dizem sobretudo respeito à loja de departamentos, mas também ao clube de futebol Fulham e ao hotel Ritz em Paris, que também pertencia a Mohamed Al-Fayed.
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