Bélgica garante que cumprirá ordem do TPI para prender Netanyahu
O primeiro-ministro belga em exercício, Alexander De Croo, confirmou hoje que a Bélgica cumprirá a ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o homólogo israelita, caso Benjamin Netanyahu visite o país.
© ERIC LALMAND/BELGA MAG/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
"A Bélgica assumirá a sua responsabilidade. Se essa pessoa estiver no nosso território, o mandado de captura deve ser executado", afirmou De Croo na Câmara dos Representantes belga, depois de ter sido questionado por deputados do partido de extrema-esquerda PVDA-PTB e da força política ecologista, o Ecolo.
Para o primeiro-ministro belga, "é crucial" para o país "que os crimes graves não fiquem impunes e que as vítimas sejam ouvidas e indemnizadas".
"Sem justiça, não pode haver paz duradoura", acrescentou.
A 21 deste mês, em Haia, o TPI emitiu mandados de captura para Netanyahu e para o seu antigo ministro da Defesa Yoav Gallant, acusados de crimes de guerra relacionados com a ofensiva israelita na Faixa de Gaza, que dura há mais de um ano.
O TPI emitiu também um mandado de captura para o líder do Hamas, Diab Ibrahim Al-Masri, mais conhecido por Mohammed Deif, que Israel afirma ter abatido em outubro, embora o movimento islamita nunca o tenha confirmado.
Em resposta, Netanyahu confirmou quarta-feira que vai recorrer da ordem.
Na comunicação que Israel enviou ao TPI, que não reconhece, afirmou que o mandado de captura "revela em pormenor quão implausível e sem base factual ou legal" foi a decisão de o emitir.
Para além da Bélgica, outros países confirmaram o cumprimento do mandado de captura do primeiro-ministro israelita.
A 22 deste mês, o chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, garantiu que Portugal prenderia Netanyahu se o primeiro-ministro israelita visitasse o país, tal como o fez hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares.
A Itália e os Países Baixos também garantiram há dias que prenderiam o primeiro-ministro israelita se este se deslocasse ao seu território.
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